sábado, 6 de janeiro de 2018

Morre Carlos Heitor Cony, aos 91 anos

Carlos Heitor Cony é um dos ícones do jornalismo e literatura do Brasil.
Morreu por volta das 23h, dessa sexta-feira (05/01), o jornalista e escritor, Carlos Heitor Cony; que estava com 91 anos. Um dos ícones do jornalismo brasileiro, Cony era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 2000. O jornalista estava internado 26 de dezembro no Hospital Samaritano, no Rio.

Uma das carreiras mais longas no jornalista, ele começou nos anos 1950 e atuou nos principais jornais e revistas do país. Escreveu diversos romances, sendo os mais reconhecidos "O ventre" (1958), "Pilatos" (1973), "Quase memória" (1995), que vendeu mais de 400 mil cópias, e "O piano e a orquestra" (1996). Ganhou o prêmio Jabuti em duas oportunidades.

A nova geração conhece Cony na condição de comentarista de rádio, função que exerceu até o fim da vida, na rádio CBN, em algumas oportunidades junto de Artur Xexéo.

Carreira

Carlos Heitor Cony nasceu no Rio em 14 de março de 1926. Era filho do jornalista Ernesto Cony Filho e de Julieta Moraes Cony. Cursou humanidades e filosofia no Seminário de São José.

Começou a carreira de jornalista em 1952, como redator do "Jornal do Brasil" – e entre 1958 e 1960 colaborou no "Suplemento Dominical" do mesmo veículo, escrevendo contos, ensaios e fazendo traduções.

Seu primeiro romance foi "O ventre" (1958), que havia sido escrito em 1955, quando o autor tinha 29 anos, para um concurso promovido pela ABL. Depois, vieram "A verdade de cada dia" e "Tijolo de segurança", com os quais ganhou, por duas vezes consecutivas, o prêmio Manuel Antônio de Almeida.

Já em 1961, entrou para o "Correio da Manhã", nas funções de redator, cronista, editorialista e editor. Em 1964, após o Golpe Militar, chegou a ser preso em diversas ocasiões e se exilou na Europa e em Cuba.

Mais tarde, trabalhou por mais de 30 anos na revista "Manchete" e foi diretor de "Fatos & Fotos", "Desfile" e "Ele Ela".

Entre 1985 e 1990, dirigiu o setor de teledramaturgia da Manchete, tendo sido autor das novelas "A Marquesa de Santos", "Dona Beija" e "Kananga do Japão".

Em 1993, substituiu Otto Lara Resende como cronista da "Folha de S.Paulo". Também entrou para o conselho editorial do mesmo jornal.

Em 23 de março de 2000, foi eleito para a cadeira número 3 da ABL.

Carlos Heitor Cony foi casado por 40 anos com Beatriz Latja. Ele tinha três filhos: Regina, Verônica e André.

Fonte: G1

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