quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Casal Garotinho são presos no Rio nessa quarta-feira

O ex-governador Garotinho sendo levado pela Polícia Federal, no Rio.
Poucas horas depois de celebrar a nova prisão dos deputados estaduais, Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB; e dizer que vem muito mais por aí, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) também foi preso, na manhã dessa quarta-feira (22/11). O ex-governador havia acusado outros setores do poder estadual de corrupção, fez piada sobre os presos reunidos no presídio de Benfica; comentou que a “faxina” contra corruptos ainda não havia terminado; e disse que a sigla PMDB, agora, é “Partido do Movimento Democrático de Benfica”.
– É preciso que a população acorde, porque ainda não terminou a faxina. Faltam outros setores que foram altamente envolvidos com essa safadeza toda – disse Garotinho em suas redes sociais.

Parece que o governador, além de radialista, também é vidente, porque logo depois das declarações quem está no xilindró é ele, dessa vez, acompanhado da esposa Rosinha Matheus, que também governou o Rio. O casal Garotinho é acusado de integrar, junto com outras seis pessoas, de participar de uma organização criminosa para arrecadar recursos de forma ilícita com empresários e, assim, financiar as próprias campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão.

Segundo um agente da Polícia Federal, a prisão tem relação com a delação do Ricardo Saud, da JBS. Ao todo, foram expedidos 09 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão pelo juiz eleitoral de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Segundo Ricardo Saud, ele fez os pagamentos para o PR em troca do apoio do partido à chapa Dilma-Temer, em 2014.

Dessa vez o ex-governador, Garotinho não está sozinho. A esposa, Rosinha Matheus também foi presa.
Segundo o empresário, o contato era feito com o senador Antônio Carlos e o repasse para a sigla foi de R$ 36 milhões entre doação oficial dissimulada, uso de notas fiscais frias e propina paga em espécie. De acordo com Saud, ele se encontrou com o senador ou com emissários 'não menos que 10 vezes' em locais marcados ou na própria sede da JBS, em São Paulo.

Segundo a Polícia Federal, durante as investigações, foram identificados elementos que apontam que uma grande empresa do ramo de processamento de carnes firmou contrato fraudulento com uma empresa sediada em Macaé para prestação de serviços na área de informática. Ainda segundo a PF, há suspeita que os serviços não eram prestados e que o contrato, de aproximadamente R$ 3 milhões, serviria apenas para o repasse irregular de valores para utilização nas campanhas eleitorais.

Outros empresários também informaram à PF que o ex-governador cobrava propina nas licitações da prefeitura de Campos, exigindo o pagamento para que os contratos fossem firmados. Após os procedimentos de praxe, os presos serão encaminhados ao sistema prisional do Estado onde permanecerão à disposição da Justiça.

Fonte: G1/O Dia

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