quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Desembargadores do Rio de Janeiro estudaram "Direito" em outro planeta

Flávio Azevedo
O ministro do STF, Alexandre Moraes (E); e o desembargador, Siro Darlan.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou nesta quarta-feira (23/08), um pedido da OAB para obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), a analisar um pedido de impeachment do presidente, Michel Temer, que tem contra ele, outros 24 pedidos de impedimento. Ao negar os pedidos, Alexandre de Moraes justificou que, como ministro do STF, não pode interferir em assuntos internos da Câmara. Ele alega que o Poder Judiciário não deve substituir o poder Legislativo e fazê-lo seria ostensivo desrespeito à “Separação de Poderes”.

Esse entendimento de Alexandre Moraes (na foto, à esquerda) me faz ter a certeza de que os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro estudaram em Marte, em Vênus ou em Urano. Em universidades brasileiras não pode ter sido! Não precisa ter estudado Direito para saber que “um poder não interfere no outro”.

Todavia, esses estrábicos que tomam decisão na 2ª Instância do Judiciário Fluminense, não respeitaram essa máxima defendida, hoje, pelo ministro Alexandre Moraes; e desavergonhadamente suspenderam, em setembro de 2016, a decisão da Câmara Municipal de Vereadores de Rio Bonito, que rejeitou, acompanhando parecer do TCE, em novembro de 2013, as contas do exercício 2012 do prefeito, José Luiz Antunes (PP). O objetivo dos desembargadores foi permitir que Mandiocão participasse das eleições municipais, uma vez que com as contas rejeitadas ele estava inelegível.

O mais curioso é ver puxa sacos criticando o Napoleão que esteve a serviço dos interesses da ex-prefeita de Rio Bonito; criticando o Gilmar Mendes que está a serviços dos picaretas do Transporte Público do Rio; mas justificando com unhas e dentes o Siro Darlan (na foto, à direita) que esteve a serviço dos interesses de Mandiocão e de seu grupo político. Que coisa!

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