terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A “Cultura do Moribundo” na ‘Rio Bonito Raccoon City’

Flávio Azevedo
Quando o assunto é Carnaval fica muito nítida a “Cultura do Moribundo”, um fenômeno que se desenvolveu em Rio Bonito nos últimos 30 anos. É só alguém falar em realizar eventos, festejos e coisas do gênero, que os adeptos da “Cultura do Moribundo” aparecem para dizer que “o certo é priorizar a Saúde”. É comum essa ideia partir de pessoas que “pensam viver” em função da Saúde. Eu escrevo “pensam viver”, porque na verdade essa gente vive em função da doença, sobretudo quando a doença é do outro. Pessoas sadias e saudáveis, sobretudo da mente, não têm serventia para os projetos danosos e perversos que visam iludir quem tem pouca instrução. Aliás, a ignorância é o combustível que alimenta a falta de escrúpulos dos adeptos da “Cultura do Moribundo”.

“Resident Evil” é o nome de um game que pela sua popularidade acabou virando filme. O enredo é o seguinte: homicídios envolvendo canibalismo estão acontecendo numa cidade fictícia chamada Raccoon City. A missão de investigar os crimes é do Esquadrão Tático Especial e Resgate, que é dividido em “Equipe Bravo” e “Equipe Alpha”. A primeira equipe é enviada a Raccoon para investigar os assassinatos, mas como os seus integrantes deixam de fazer contato com a base, a “Equipe Alpha” é enviada para o resgate. Ao chegar a Raccoon Citycidade, o segundo grupo se depara com uma cidade cheia de zumbis. Eles são fruto do experimento criminoso de uma multinacional farmacêutica chamada Umbrella Corporation.

O “Resident Evil” é macabro, mas a impressão que tenho é de que esses adeptos da “Cultura do Moribundo” querem transformar Rio Bonito numa Raccoon City. Para essas pessoas não é legal festejar, não é legal celebrar, não se deve promover o Lazer, “porque a prioridade é a Saúde”. O curioso é que 30 anos depois da criação do slogan “fulana é boa pra saúde”, o setor segue piorando a cada dia. O Hospital Regional Darcy Vargas, por exemplo, um dos orgulhos do riobonitense, nos últimos anos vive mergulhado em desconfianças, suspeitas e denúncias de toda ordem. 

Nos últimos três anos, os postos de Saúde estiveram sem remédios, sem médicos e a Saúde se tornou um caos. Nesse tempo, festividades (o Carnaval, por exemplo), deixaram de acontecer “porque a prioridade é a Saúde”. Mas onde foram parar esses recursos, se o quadro clínico da Saúde só piorou? Ou seja, nos últimos anos, nos privaram das festas, dos eventos e a Saúde seguiu, ao contrário do que diziam em campanha, “cada vez pior”. Aliás, enquanto a cidade entrava em clara desidratação e inanição, a conta bancária de meia dúzia ficou robusta e forte. 

O que fica nítido é que se existe um grupo político que tenta transformar Rio Bonito em Raccoon City, não tenham dúvidas de que eles são a personificação da Umbrella Corporation e usam o vírus da “Cultura do Moribundo” para infectar riobonitenses bobalhões e interesseiros. É possível afirmar que a versão riobonitense da Umbrella Corporation vive fazendo experimentos nos riobonitenses, vários já se tornaram zumbis e podemos vê-los nas mídias sociais defendendo o indefensável.

Quem está curado ou não foi contaminado com o terrível vírus da “Cultura do Moribundo” sabe que não é possível ser “bom pra Saúde”, quem apenas dá carona aos que buscam tratamento em outros Centros, porque a Saúde local não tem recursos para atendê-lo. Quem não está inoculado com o vírus da “Cultura do Moribundo” sabe que os recursos para Saúde, Educação, Lazer, Segurança, Transporte, Habitação, Cultura, Esporte etc., são muitos. Quem está curado ou não foi contaminado com o terrível vírus da “Cultura do Moribundo” tem conhecimento de que a picaretagem, a vagabundagem, a gatunagem e o costume de entender a coisa pública como uma extensão do quintal é o que gera o desequilíbrio do orçamento público municipal, estadual ou federal.

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