quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Ministro Geddel Vieira Lima entende o cargo público como extensão do seu quintal

Flávio Azevedo
Entre as últimas notícias que chegam do governo federal está a história do patife e ministro, Geddel Vieira Lima, que fez pressão sobre o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero; para que ele liberasse obras embargadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Salvador-BA, onde ele (Geddel) é dono de um imóvel (que picareta!).

É claro que o velhaco está negando, mas a cara de paisagem que Geddel e seus defensores fazem diante do assunto é uma tremenda duma confissão de culpa! Está claro que entender a coisa pública como uma extensão do quintal não é uma peculiaridade de Rio Bonito.

Entenda o caso
Projeção divulgada do La Vue na Ladeira da Barra, em Salvador, na Bahia.
Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o La Vue começou a ser construído em outubro de 2015, e desde então, já estava na mira do Instituto dos Arquitetos na Bahia, que tenta impedir a construção. O edifício tem o metro quadrado em torno de R$ 10 mil. A construção abrange apartamentos, um por andar, com quatro suítes de 259m² e uma cobertura chamada "Top House" de 450 m². Os valores totais para venda variam de aproximadamente R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões.

Familiares do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, integram a defesa do empreendimento imobiliário de Salvador barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no qual ele afirma ter comprado um imóvel, publicou nesta quarta-feira (23/11) o jornal "Folha de S.Paulo". Segundo o jornal, um primo e um sobrinho de Geddel atuam como representantes do empreendimento La Vue Ladeira da Barra junto ao Iphan.
A publicação afirmou que, em um documento anexado ao processo administrativo que tramitou junto ao Iphan, a empresa Porto Ladeira da Barra Empreendimento – responsável pelo La Vue, interditado pelo órgão ligado ao Ministério da Cultura – nomeou como procuradores os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Vieira Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto.

Ainda de acordo com a "Folha", Jayme é primo de Geddel e também seria sócio dele no restaurante Al Mare, em Salvador. Já o estagiáriao Afrísio Vieira Lima Neto é filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria de Governo. A procuração, informou o jornal, foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel assumir o comando da Secretaria de Governo.

O jornal questionou Geddel sobre um eventual conflito de interesse no fato de parentes dele atuarem na defesa do empreendimento imobiliário. O ministro se limitou a dizer à reportagem que, na visão dele, não tem "nada a ver com isso". "Não tenho nada a ver com isso. Isso é um assunto do Jayme Vieira Lima, que é um profissional liberal", disse.

Apesar de Geddel estar no turbilhão de uma denúncia de suposto tráfico de influência, líderes de partidos que integram a base de apoio ao governo Michel Temer na Câmara foram ao Palácio do Planalto nesta terça (22/11) para demonstrar apoio ao ministro da articulação política.

As palavras do jornalista Ricardo Boechat sobre o assunto forami sensacional:


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