terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Morre o jornalista Tarquínio Freire Ribeiro

Flávio Azevedo
Tarquínio Freire Ribeiro
Acordo nessa terça-feira (19/01), com a notícia do triste falecimento do comerciante, político e jornalista, Tarquínio Freire Ribeiro, uma das figuras mais tradicionais de Rio Bonito. Ele está sendo velado na capela da Funerária Santo Antônio e o sepultamento está marcado para às 16h. Iniciei a minha carreira no jornalismo com Seu Tarquínio. Comecei vendendo propaganda para o jornal Ascirb, que sob o comando dele se tornou um dos veículos de comunicação mais concorridos e importantes da cidade. Por cerca de 15 anos ele esteve a frente da Associação Comercial e Industrial de Rio Bonito (Ascirb) e do jornal da entidade. Começa com Tarquínio e no jornal Ascirb, a minha trajetória no jornalismo. Ele também presidiu a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Bonito, sendo o seu primeiro presidente.

Personagem polêmico, homem de opiniões fortes e postura nem sempre compreendida, Tarquínio contribuiu com o desenvolvimento de Rio Bonito. Foi vereador, secretário municipal, concorreu ao cargo de prefeito e sempre esteve inserido na política local. Comunicador nato, ele tem presença na história de quase todos os jornais e rádios locais, sendo um dos principais oradores e mestres de cerimônias dos eventos políticos ocorridos em Rio Bonito entre os anos 50, 60 e 70.

Uma das histórias interessantes de Tarquínio envolve Leir Moraes e Ângelo Longo. O fato ocorreu em 1954. Comandando o jornal Juventus, o trio foi expulso da Câmara de Vereadores durante uma sessão. Proibidos de entrar no prédio da Câmara, a alternativa foi subir no telhado de uma residência ao lado e de lá fazer a cobertura. A audácia do trio foi comentada por meses em Rio Bonito.

No comércio, ele é lembrado, principalmente, pela Lanchonete Brasília, que nos anos 70 se tornou o “point da galera” de Rio Bonito. Posteriormente, o local se tornou farmácia, bazar, até que Tarquínio encerrou as suas atividades comerciais e passou a alugar o local, hoje, Loja Itapuã. O prédio por muitos anos foi o endereço residêncial do comerciante, que há dois anos estava morando no Green Valley, por conta dos problemas de saúde.

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