quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Meu amigo de Brasília!

Por Victor Hugo Ximenes 
Tenho um grande amigo que fiz nas minhas andanças por Brasília. Lá ele me ensinou um monte sobre os meandros e os bastidores, coisas que até eu, já com certa experiência no ramo, duvidava que pudesse existir. Com tantos ensinamentos naquele mundo de possibilidades, nos tornamos próximos.

Meu amigo era muito esperto, digo, inteligente. Raposa velha, como dizem. Nada era impossível para ele, que sempre tinha um atalho para tudo e resolvia todo o tipo de problemas. Muito solícito, inclusive comigo, que mal conhecida, mas já dizia considerar pacas.

Quando já não havia maneiras de admirá-lo ainda mais como profissional, comecei a conhecer seu lado humano e caridoso. “Que ser humano fantástico”, falava com meus pares a respeito dele. Mesmo trabalhando incansavelmente, ele ainda fazia orações no escritório durante o expediente, com a presença de líderes religiosos de toda a parte do país que o visitavam em caravana. “A palavra de Deus é muito importante e não pode faltar. Isso lava a alma”, costumava dizer.

Dinheiro não era problema para ele, e apesar de nunca tê-lo visto colocando as mãos no bolso, seus amigos jamais deixavam Brasília de mãos abanando. Sempre tinham seus pedidos e queixas resolvidos à jato, com simples telefonemas, alguns não tão amistosos.

Ele tinha tanta preocupação comigo, que até achava estranho. Me ajudava a resolver vários problemas com uma facilidade impressionante e não pedia nada em troca, apenas ajudas esporádicas com documentos protocolares. Nada demais.
Homem religioso, íntegro e defensor da família. É claro que uma amizade dessas desperta a ira dos invejosos, que tentam destruí-la com mentiras. Não acreditem em nada do que estão falando! Coisa de gente inescrupulosa e que não tem Deus no coração. Estaremos juntos até o fim!

PS: Victor Hugo Ximenes é jornalista e colunista do jornal Folha da Terra, de Rio Bonito. Esse texto foi publicado na edição 774, publicada em 22 de agosto de 2015. A sutileza e o sarcasmo presente na narrativa me fizeram lembrar alguém que era mestre nesse tipo recado: Leir Moraes. Parabéns Victor Hugo!

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