quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A cultura da miséria

Flávio Azevedo 
Miseráveis...
Tenho visto muita gente falando que Rio Bonito precisa de “novidade” nas próximas eleições. Amigo leitor, o “novo” só irá se concretizar quando os eleitores adotarem “novos” propósitos, “novas” perspectivas e abandonarem o “velho” hábito de olhar o próprio umbigo. O coletivo deve sempre ser mais importante que o individual, mas enquanto as urnas forem visitadas gente egoísta e morta de fome, não haverá mudança, muito menos “novidade”. Quem já amadureceu para essa realidade, que multiplique esse pensamento para que as “novas” gerações apostem no “novo” e não insistam no “velho”, no “ultrapassado”, nesse paradigma “anacrônico” que aí está!

Os atuais líderes não reconhecem a necessidade e sofrimento de um povo que ignora os seus direitos e desconhece a sua força. Estamos falando de governantes que dizem estar preocupados com a desigualdade, mas só investem em iniciativas compensatórias, programas assistenciais, praticam sem constrangimento o assistencialismo; e desavergonhadamente exploram a miséria. Desses, nunca existirá uma ação que extermine a miséria, porque eles dependem dela para continuar no poder.

Quando falamos de miséria, não estamos destacando exatamente o aspecto financeiro. Apontamos a miséria intelectual (falta Educação); a miséria de autoestima (desigualdade); a miséria de crença em dias melhores (falta de perspectivas econômicas); a miséria de esperança (quem pode mudar não muda); a miséria de vontade dos políticos e, sobretudo da sociedade, que conhece os seus erros, mas por comodidade, medo do “novo” e/ou por não querer abrir mão da “velha” zona de conforto persiste errando.

Multiplicar essas ideias é urgente. Se você acha que ocupando cargos eletivos é possível transformar essa realidade, não se acanhe de buscar o seu sonho. Eu prefiro a Comunicação Social e o jornalismo para buscar essa mudança. Por isso, por favor, esqueça a ideia de me convidar e tentar me convencer – pelos menos nesse momento – a ser candidato nas próximas eleições. Eu contribuo mais onde estou.

Eu tenho consciência que os miseráveis irão sempre me atacar, tentar desqualificar o meu pensamento, criticar o meu discurso, ridicularizar essas propostas, mas tudo isso é natural, porque eles estão se defendendo. Afinal, quanto menos miséria intelectual na sociedade, menos espaço haverá para políticos miseráveis e inescrupulosos. Como os urubus se alimentam da carniça, esse tipo de político se alimenta da miséria e somente criam ações produzam “novos” miseráveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário