quinta-feira, 25 de junho de 2015

Os assaltos e a insegurança continuam nos assombrando

Flávio Azevedo 
A minha amiga Débora Estrella me marcou numa postagem no Facebook, onde ela informa ter ocorrido, na Mangueirinha, próximo a Igreja Espaço Reencontro, mais precisamente em frente ao consultório da veterinária Lívia Cordeiro, o roubo de um veículo. Segundo ela, o fato ocorreu na manhã dessa quinta-feira (25/06), quando a vítima, uma mulher, chegava para trabalhar. Os bandidos pediram a bolsa e também levaram o carro. Débora termina o seu texto com a seguinte reflexão: “Meu Deus, agora não tem hora mais!”.

Pois é Débora, na verdade nunca teve hora para os marginais violentarem as suas vítimas. Aquela conversa de que bandido só trabalha de noite é coisa do passado. Depois que o crime virou uma atividade profissional, os caras estão trabalhando o tempo todo. Mas o que me incomoda mesmo é alguém dizer que as minhas postagens cobrando Segurança tem o objetivo de “atrapalhar” a polícia e “falar mal da prefeita”. Segundo alguns entendidos, “Segurança é um ciência, logo, só pode falar sobre esse tema, os especialistas no assunto”.

Confesso que durante um tempo eu fiquei analisando essa afirmação, buscando uma maneira de concordar, mas descobri que não é bem por aí. Parte desses que criticam as notícias sobre violência, insegurança e, sobretudo as cobranças por soluções, querem apenas que o assunto não seja badalado, uma vez que a sensação de insegurança aumenta quando o assunto é amplamente divulgado.

Isso me faz lembrar aspectos da Idade Média, onde o texto sagrado não era colocado para o povo. Somente os religiosos sabiam ler e tinham permissão para compartilhar as informações bíblicas. O objetivo era não gerar entendimentos contrários aos preceitos do catolicismo. E por incrível que pareça, eles tinham razão, porque quando Matinho Lutero teve acesso a uma Bíblia que estava acorrentada no mosteiro onde ele vivia, ele teve entendimento diferente do pensamento hegemônico e apresentou ao mundo as teses de justificação pela fé que originaram a Reforma Religiosa, um divisor de águas na história da humanidade.

O discurso de que “somente especialistas podem falar sobre Segurança e violência”, em minha modesta opinião é uma maneira de silenciar a população que está insegura e amedrontada. É uma forma de não permitir que a população perceba a ineficiência de um estado que não protege sequer os seus agentes de Segurança. E pior: existe um esforço por desqualificar aqueles que cobram soluções e reclamam desse momento triste que atravessa a nossa cidade.

Concluo fazendo mais algumas perguntas sobre esse roubo: as Câmeras de Segurança que nos foram prometidas em campanha (2012), elas não registraram o crime? As imagens ainda não estão em poder da Polícia para que os marginais sejam identificados? As câmeras não gravaram a direção que os marginais seguiram depois do roubo? E as pessoas que trabalham nas cabines de Segurança que, também foram prometidas em campanha (2012), para as entradas e saídas da cidade, não viram os marginais passarem com o carro roubado?

Pois é... Essa ineficiência e comprovação de que muita lorota foi dita em palanque nas últimas eleições é a principal razão de tentarem desqualificar os discursos que cobram eficiência administrativa dos nossos governantes.

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