domingo, 15 de março de 2015

Tolos, espetinhos ou desonestos?

Flávio Azevedo 
Concordo plenamente com o professor Renato Janine. Contudo, a questão é que a ditadura da corrupção; a lei da mordaça imposta pelo viés democrático; e a certeza de que somos governados por calhordas; força o cidadão acreditar que as atrocidades praticadas pelos militares eram mais “honestas”. Pelos menos tínhamos uma ditadura de fato, com um rosto, alguém contra quem lutar... Hoje, nós temos essa coisa abstrata, sem rosto, sem endereço, uma espécie de organização secreta... Pois está em todo lugar.

Dizem que vivemos numa democracia. Será? É democrático o sujeito perder o emprego, simplesmente porque enxerga a incompetência do empregador e tentou orientar? É democrático ser obrigado a votar, sobretudo nessa camarilha que se apresenta como opção a cada eleição? É democrático pertencer a um partido para poder participar de um processo eleitoral? A insegurança que atinge as famílias a cada virada de ano (será que o meu contrato será renovado?) é coisa de um país democrático?

É democrático vermos cidades, estados e o país, simplesmente, largado as traças; e a sociedade civil organizada e parte da classe política não dizer nada porque estão amordaçados com presentinhos, acordos, mimos, empregos, nomeações, comandos de departamentos, entidades, estatais etc.?

A Ditadura Militar não foi legal, o retorno dela não é interessante, mas a Ditadura da Democracia que encurrala, amordaça, explora, amedronta, vigia, humilha e ri da cara do cidadão, essa também não é legal! Abaixo essa corja de omissos, coniventes, corruptos e os boca abertas que dão sustentação a essa camarilha que tomou de assalto o país, os estados e os municípios. O problema é que eles estão embasados na lógica do populismo que oferece favores, boquinhas e estimula o fenômeno “farinha pouca meu pirão primeiro”!

Ainda há muito a ser mudado e tem que começar de baixo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário