sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Conselho Municipal de Habitação vê descaso da Prefeitura às solicitações do órgão

Flávio Azevedo 
Conselheiros debatem os assuntos em pauta durante a reunião do último dia 28 de janeiro.
O Conselho Municipal de Habitação de Rio Bonito se reuniu na última terça-feira (28/01), para a primeira reunião do ano de 2015. A falta d’água para as localidades do Cajueiro e 2º Distrito de Rio Bonito, com destaque para o Parque Andréa, foi tema das conversas entre os conselheiros. O desabastecimento do Rio Vermelho também foi assunto. A principal pauta da reunião foi as respostas consideradas “evasivas” que o poder Executivo tem oferecido aos questionamentos feitos pelo Conselho.
– Na verdade, as respostas que nos são oferecidas não dizem nada. Elas são inconclusas e não trazem nenhum esclarecimento. O desrespeito não é conosco, mas com as entidades aqui representadas. A Prefeitura está negligenciando respostas a sociedade, porque esses conselheiros representam o Parque Andréa, o Rio Vermelho, o Sindicato, entre outros setores aqui representados e estamos enfrentando essa situação há dois anos – reclamou o presidente Izaqueu José Vieira.

O presidente do Conselho afirmou que depois de dois anos recebendo respostas que não trazem lucidez aos questionamentos, a prefeita Solange Almeida será convidada para participar do Conselho numa reunião que ocorrerá às 15h, do dia 4 de março, na Câmara Municipal de Vereadores. “A reunião é pública, a população deve comparecer, o assunto Habitação é do interesse de todos; e esse é o local onde os temas relacionados a esse setor devem ser discutidos”, frisou o presidente.

Em relação ao abastecimento de água do 2º Distrito, a primeira pergunta endereçada a Chefia de Gabinete da Prefeitura foi relacionada ao término da instalação da rede de água potável e aos planejamentos direcionados ao setor de Habitação do município.
– Nessa questão, por exemplo, nós iniciamos os questionamentos em junho, recebemos uma resposta sem conteúdo em agosto; reiteramos as perguntas em outubro; e no mesmo mês recebemos outra resposta que não nos diz nada. A verdade é que o Conselho não consegue desenvolver os seu trabalho, porque o município não responde o que perguntamos – reclamou o presidente.

Em relação ao abastecimento de água do Cajueiro, a resposta veio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, que respondeu de acordo com parecer do fiscal do setor e do setor operacional da CEDAE. A resposta, questionada pelo Conselho, esclarece que algumas residências recebem água e outras, sobretudo as casas com testada para a rua principal serão abastecidas até outubro de 2014. As demais moradias, aquelas que estão em ruas secundárias da localidade, serão alvo de um estudo da CEDAE para receber água futuramente.
– O problema é que não nos ofereceram uma data, um cronograma, simplesmente mandaram um parecer do setor operacional da CEDAE. Aqui na outra resposta a orientação que nos oferecem é fazer o questionamento a Secretaria Municipal de obras e Serviços Públicos, nos dizem que existe um projeto de construir 500 unidades habitacionais no Ipê, através do Programa Minha Casa Minha Vida, mas tudo sem data, perspectiva de início, execução etc. – reclamou o presidente, acrescentando não descarta consultar o Ministério Público, uma vez que as respostas do poder Executivo estão inviabilizando as ações do Conselho.  

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