segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Barulho infernal

Flávio Azevedo 
Noite de domingo (09/11), eu já estava quase pegando no sono – e olha que eu não durmo cedo! –, a minha mulher me cutuca e pergunta: você está ouvindo um som alto? O que deve ser? Igreja ou festa? Respondi que estava ouvindo e disse que fosse igreja ou festa, aquele som, que eu não sei de onde vinha, era um absurdo, sobretudo pelo avançado da hora. 

Ouvimos o tal barulho ainda durante um bom tempo, até que parou. Esse ocorrido contribuiu para reforçar a minha tese de que o nascedouro de muitos problemas que enfrentamos quanto sociedade é a FALTA DE BOM SENSO de quem vive nessa sociedade.

Não é possível que as pessoas ligadas ao evento não percebam que estão incomodando; não entendam que nos dia seguinte (uma segunda-feira) muita gente acorda cedo para trabalhar ou estudar; não compreendam que em várias residências, pessoas idosas e crianças, precisam de um sono tranquilo; não enxerguem que acabam ganhando a antipatia gratuita de muitas pessoas sem necessidade etc.

Nesses momentos surgem logo as seguintes perguntas: “quem autoriza? Quem não fiscaliza? Por que a Polícia não vai lá?”. Bem, a impressão que tenho é que algumas pessoas parecem crianças, seres que por estar em formação, precisam estar sob constante vigilância para não fazer bobagem. Será que é preciso avisar que o som está alto? É preciso a Polícia ir lá para dizer que o som está incomodando? Nesses eventos as pessoas, a começar da organização, não usam relógio?


Reitero que as respostas a esses questionamentos estão ligadas a FALTA DE BOM SENSO de todos os envolvidos. De quem organiza, de quem autoriza, de quem fiscaliza e de quem frequenta. Junte-se a isso, a falta de coragem de quem está incomodado, que por “não querer se indispor e arranjar problemas”, não se organiza num movimento que tenha como objetivo impedir que tal situação continue acontecendo. 

Tomara que um dia o nosso país, sobretudo as cidades de menor porte, entendam definitivamente que para se viver bem em sociedade é preciso que todos tenham civilidade!

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