terça-feira, 7 de outubro de 2014

A intolerância, o mal do século, exposta a cada eleição!

Flávio Azevedo 
A cada eleição surge uma boataria que tem origem em gente fanática e nas pessoas que querem impor a sua vontade. Estou me referindo àqueles temas tabus como aborto, união entre pessoas do mesmo sexo, liberação das drogas, pesquisas com células tronco, entre outros. O que não se percebe é que esses temas, que há anos figuram na agenda de debates do Brasil, são pensados ótica religiosa, mas num estado laico.

Acrescento que no mesmo passo que eu vejo uma “ditadura homoafetiva” se implantando no país, eu também vejo muita gente tentando implantar uma “ditadura religiosa” num ambiente que precisa ser laico. Aqueles que se sentem ofendidos pelas relações homossexuais, também abusam ao tentar empurrar, goela abaixo de todos nós, a sua forma de pensar religião.

Não conheço nada mais sem fundamento, e até infantil, do que alguém dizer que vai votar em Crivella, “porque ele é crente”. Também é patética a história do “não voto em Dilma, porque ela vai liberar o aborto e o uso das drogas”.

Caso queiram criticar esse ou aquele modelo econômico; caso queiram apontar os casos de corrupção de ambos os candidatos; caso queiram questionar os planos de governo, tudo bem, mas ficar dando corda a essa guerrinha fria entre setores da sociedade é no mínimo perda energia.

O aborto, as drogas, as pesquisas em células tronco, as uniões de pessoas do mesmo sexo, entre outros temas, estão presentes na sociedade e não há como fugir disso. Aliás, ainda não se discutiu essas questões, simplesmente porque os reacionários e ditadores estão em ambos os lados.

Se a sociedade vota maciçamente num Jair Bolsonaro ensandecido contra a sociedade LGBT (o que é um absurdo); também vota em peso num Jean Willis que quer porque quer me convencer que é cafona e fora de moda ser heterossexual (o que também é um absurdo). Enquanto isso, o povo de Deus, aquele que deveria “ser a luz do mundo”, como orientou Jesus Cristo, causa escândalo com a sua intolerância e, por vezes, fanatismo.

Existe um pensamento que deveria servir de bússola para os cristãos em geral. Diz assim: “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador!”. Hoje, porém, é diferente! O que vemos são cristãos acariciando os pecados e condenando os pecadores!

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