segunda-feira, 23 de junho de 2014

Deputado Paulo Melo experimenta realidade de Rio Bonito e região.

Flávio Azevedo 
O deputado Paulo Melo durante sessão na Alerj.
Bandidos invadiram, por volta das 22h do último dia 21 de junho, o sítio do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Paulo Melo. A propriedade fica localizada em Lavras, município de Rio Bonito. Policiais militares que cuidam da segurança do deputado foram alvejados na ação. A prefeita de Saquarema Franciane Mota, esposa do presidente da Alerj, contou que também estava no interior do sítio. Ela revelou que Paulo Melo quebrou o dedão do pé ao tentar se proteger dentro de casa. As últimas notícias é que todos estão fora de perigo.

Pelas ruas de Rio Bonito, além da preocupação com a integridade física das vítimas, circulam comentários que têm origem nas teorias da conspiração, o que é natural se levarmos em conta que a população de Rio Bonito já presenciou assassinatos de grande repercussão e crimes reais (todos sem solução). Entretanto, o riobonitense também já foi obrigado a engolir atentados forjados, sobretudo em período eleitoral. Estórias que depois do caso passado são contadas com muita graça nos encontros que reúnem pessoas envolvidas na política local.

A gravidade do tema sugere que esqueçamos as teorias da conspiração para refletir a respeito de uma situação real que, agora, vitimou um figurão: a VIOLÊNCIA, que há anos afirmamos – para desagrado de muitos – estar crescendo e vitimando, sobretudo, as localidades interioranas. Quadrilhas especializadas em assaltos a sítios e fazendas estão sendo presas, mas outros bandidos continuam praticando essa modalidade de crime.

Nas reuniões do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), o assunto tem sido comentado com regularidade. Moradores do interior do município e representantes dos trabalhadores rurais já participaram de inúmeros encontros cobrando investimento em segurança e, principalmente, mais patrulhamento para o interior do município. A cúpula do governo do Estado, porém, segue insensível aos clamores dos riobonitenses.

O deputado Paulo Melo tem uma propriedade bem cercada e conta com a segurança de Policiais Militares. Nós, porém, questionamos: e quando os bandidos chegam para assaltar os pobres sitiantes de localidades como Chavão, Catimbau, Rio Seco, Rio Mole, Tomascar, Mata, Mineiros, Sambê, Lagoa Verde, Braçanã, entre outras, qual a defesa dessas pessoas? Eles contam com policiais militares no portão? Contam com helicópteros procurando os marginais que os atacaram? Os figurões do Estado conhecem a situação de abandono dos “meros mortais”? Esse quadro de horror está sendo pensado pelas autoridades máximas do Estado do Rio de Janeiro?

As eleições para o governo do Estado e para ocupar as cadeiras da Alerj estão se aproximando. Sinceramente nós esperamos não ouvir nos palanques que serão armados em Rio Bonito, essa cantilena de UPP, de combate a criminalidade, que efetivamente não está resolvendo o problema da violência no Estado do Rio de Janeiro. Ao tratar do tema, Segurança, nós queremos saber é o que os políticos que disputarão as próximas eleições têm de projetos para combater o volume de vagabundos que, como ratos, estão infestando as cidades do interior.

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