Flávio Azevedo
Em 2013, os repasses do município para o HRDV, entre recursos de convênios e próprios, se aproximam de R$ 20 milhões |
Considerada a menina dos olhos da
prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida, a pasta da Saúde, é, hoje, um dos setores, dentre
outros, que conta com a constante atenção da chefe do poder Executivo. Eterna defensora
do setor, em todo momento ela lembra que ”a prioridade da minha gestão é as
pessoas e não as coisas”. A prefeita constantemente afirma que o Hospital
Regional Darcy Vargas (HRDV), embora seja uma entidade filantrópica que conta
com administração civil, é um dos seus principais parceiros na missão de
oferecer mais Saúde ao riobonitense. .
Assim que assumiu a gestão do
município, em 1º de janeiro de 2013, a primeira preocupação da prefeita foi com
a Saúde da população e com as instituições e setores que prestam esse serviço. “Precisamos
oferecer Saúde de excelência para todos, de maneira igualitária e não tem
faltado para dinheiro para isso”, diz a prefeita. Ela acrescenta que até
dezembro, “os repasses e pagamentos por prestação de serviços do Hospital Darcy
Vargas estão em dia e destacou que em 2013 a unidade recebeu cerca de R$ 5
milhões a mais que em 2012”.
Quadro comparativo de repasses dos anos de 2012 e 2103. A diferença é de cerca de R$ 5 milhões. |
– Não podemos perder o nosso poder de
indignação e esse é um desses momentos. Os nossos repasses sempre foram feitos
rigorosamente em dia, a nossa luta por oferecer o melhor para a população é uma
constante, mas a má administração do HRDV está interferindo nessa Saúde de
excelência que queremos oferecer a população – disparou.
Problemas apontados
Usuários da unidade têm reclamado, sobretudo, da falta de médicos no Hospital Darcy Vargas, que aumentou os salários desses e de outros profissionais, mas continua com dificuldade para atrair médicos para o seu quadro funcional. A sobrecarga de serviço, segundo alguns profissionais que já trabalharam na unidade, é o que motiva o desinteresse dos médicos pelo HRDV.
Usuários da unidade têm reclamado, sobretudo, da falta de médicos no Hospital Darcy Vargas, que aumentou os salários desses e de outros profissionais, mas continua com dificuldade para atrair médicos para o seu quadro funcional. A sobrecarga de serviço, segundo alguns profissionais que já trabalharam na unidade, é o que motiva o desinteresse dos médicos pelo HRDV.
– O problema não é exatamente
salarial. O que acontece é que somos contratados para trabalhar no Pronto
Socorro, mas quando surge alguma intercorrência com pacientes internados, quem é
chamado é o plantonista da emergência (ás vezes até para atendimento no setor
Particular). Isso gera uma sobrecarga nos médicos e insatisfação em quem busca a
emergência – revela um médico que pede para ter a sua identidade preservada.
Ele acrescenta que o hospital deveria contar com médicos específicos para
atender os pacientes internados, “já que o salário dos profissionais que é
custeado pela Prefeitura é para que eles atuem na emergência, não
internamente”.
Discursos e colocações de cunho
partidário e a postura tendenciosa de lideranças e formadores de opinião,
também contribui para que o HRDV seja classificado por alguns como uma “caixa
preta”. Um ex-funcionário da instituição lembra que “essas divergências
contribuem para deixar o cidadão sem atendimento médico e municiado de
informações equivocadas, maldosas e até mentirosas”.
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