quarta-feira, 24 de abril de 2013

Críticas do porta voz do governo expõe fragilidades da gestão Solange Almeida


Flávio Azevedo

O amigo Nadelson foi um personagem muito presente na vitoriosa campanha da prefeita Solange Almeida. Entretanto, cerca de cinco meses depois de iniciado o governo, ele, que tem o nome cotado para ocupar o cargo de Secretário Municipal de Comunicação Social, está na berlinda e, já há algum tempo, vem sendo muito questionado internamente.

Devo revelar aos amigos, que no dia 10 de outubro de 2012, durante um encontro com a prefeita eleita, eu questionei a escolha do seu nome e apontei outros colaboradores dela para o cargo. Por exemplo, o amigo Flávio Rodrigues (Flávio Fk), sujeito que tem formação na área; é servidor de carreira do município; também esteve no grupo de campanha da prefeita; e parece ter bom trânsito com o grupo.

Aliás, aproveito a oportunidade para lembrar o nome da amiga Vera Lucia (atualmente na equipe do vice-prefeito Anderson Tinoco). Ela também é formada em Comunicação Social; acompanha a prefeita desde quando ela era vereadora; e parece ter bom trânsito com as pessoas.

Ao ouvir as minhas colocações, a prefeita disse que Nadelson foi escolhido porque trabalhou muito bem o seu Facebook de campanha. Ela também ressaltou que pensava a Comunicação atuando mais internamente (dentro do grupo de trabalho) que externamente (para o público). A prefeita, que sempre diz em conversas informais que “não gosta de comunicação”, embora fale muito em qualquer lugar que está, precisa rever esses conceitos. Aliás, como dizia o saudoso Abelardo Barbosa, o Chacrinha: “quem não se comunica se trumbica!”.

Discordo com veemência de algumas opiniões do Nadelson, mas olhando pelo prisma da prefeita, ele está exercendo com excelência o seu papel, porque as críticas que ele faz ao próprio grupo, com raríssimas exceções, estão corretíssimas. Só um cego não consegue enxergar as deficiências da atual gestão. Problemas que saltam aos olhos a cada esquina da cidade. Ruas escuras, entulhos nas calçadas, entre outros serviços básicos que não estão sendo prestados, mostram que Nadelson pode até não ser o “rei da cocada”, mas acerta muito mais do que erra em suas críticas!

Todavia, como acontece no futebol, onde os maus resultados são atribuídos ao treinador, que acaba sendo demitido depois de seguidas derrotas (por que não trocam os jogadores ou o presidente do clube), me parece que tirar Nadelson será o caminho mais curto para se resolver problemas que na verdade foram originados pela falta de gestão; de comando e de competência administrativa. Por outro lado, sobra centralização de poder e escolhas equivocadas ainda na transição do governo.

Como dizia o pensador: “quem viver verá!”.

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