segunda-feira, 1 de abril de 2013

1º de Abril – Dia da Mentira


Flávio Azevedo

Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu prazer”. Provérbios 12.22.
O “1º de Abril” é uma data que sugere brincadeiras maldosas, pueris e, às vezes, de péssimo gosto. Sobre a origem do “Dia da Mentira”, acredita-se que ele tenha começado no fim do século XVI, com a adoção, na Europa, do calendário gregoriano, instituído pelo papa Gregório XIII, em 1582. O tal instrumento marcava o começo do ano em 1º de janeiro, o que gerou confusão, porque até aquela época, o início do ano ocorria em 1º de abril.

Antes de Gregório, o calendário mais aceito era o “Juliano”, criado no ano 45 a.C. pelo general romano Caio Júlio César, que estabelecia o início do ano para uma data que coincidisse com o equinócio de primavera, entre 20 e 21 de março. Na Europa medieval, nem mesmo o calendário “Juliano” era seguido por todos. Muitas aldeias e paróquias celebravam o ano novo na festa da Anunciação, em 25 de março. Outros esticavam o ano velho até 31 de março e só comemoravam o réveillon em 1º de abril.

A reforma do papa Gregório XIII terminou com a confusão. Ou pelo menos tentou. A Inglaterra, por exemplo, só adotou o novo método em 1752. Apesar de ter se antecipado ao Papa e, por ordem do rei Carlos IX, trocado de calendário já em 1564, a França só conseguiu impor a novidade na Revolução Francesa (1789). Essa confusão de datas suscitou as brincadeiras de 1º de Abril. Entre os trotes, o mais popular era o anúncio de casamentos falsos, sempre marcados para o dia 1º de abril. Outros pregavam cartazes com supostos decretos do rei, mas era tudo pilhéria.

Outra teoria para explicar o “Dia dos Bobos” defende que a data seria uma antiga festa romana, onde, segundo o historiador Joseph Boskin, professor da Universidade de Boston, já se pregava trotes durante o equinócio de primavera, De acordo com ele, essas festas deram origem ao “Dia dos Bobos” inglês, onde também se comemora a data no dia 1º de abril.

Walt Disney criou uma versão para o clássico infantil Pinóquio, dando ênfase à brincadeira e mostrando a criançada o quanto mentir pode ser ruim e prejudicial. Já o nosso Ziraldo, desenvolveu histórias sobre mentiras, através do “Menino Maluquinho” (O Ilusionista). Pregar mentiras nesse dia, pode até ser uma brincadeira saudável, porém o respeito e o cuidado devem estar em primeiro lugar, para que ninguém se prejudique.

Existe uma batalha entre o bem e o mal... Nessa disputa, de que lado você está?
Por último, vale destacar que Jesus Cristo, personagem que segundo a Bíblia nunca mentiu, num dos seus sermões apontou o Diabo como o “pai da mentira”. Se no capítulo 8, verso 32, do evangelho de João, Jesus diz que “conhecereis a VERDADE, e a verdade vos libertará”; no verso 44, Ele repreende aqueles que não creram nEle com a seguinte advertência: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e PAI DA MENTIRA”.

Concluindo, penso ser interessante repetir a reflexão que Salomão escreveu no livro de provérbio, capítulo 12, verso 22: “Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu prazer”. Ainda no livro de Provérbios, no capítulo 6, versos 16 a 19, Salomão declara que “seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos (1), LÍNGUA MENTIROSA (2), mãos que derramam sangue inocente (3), coração que maquina pensamentos perversos (4), pés que se apressam a correr para o mal (5), A TESTEMUNHA FALSA QUE PROFERE MENTIRAS (6), e o que semeia contendas entre irmãos (7)”.

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