terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Transporte universitário volta à pauta de reivindicações

Flávio Azevedo

Em Rio Bonito, não é de hoje que o Transporte Universitário está no centro de uma grande discussão. Se faltam mobilização, organização e união a categoria, sobram desfaçatez e papo furado aos governantes.
O que eu vou escrever agora vai gerar uma tremenda confusão, mas trata-se de uma iniciativa que só não acontece por falta de coragem do governante! É o seguinte: nunca conseguiram me provar que o transporte universitário é um “direito”. Eu sempre soube ser uma política assistencial e compensatória.

Apesar de concordar com a proposta da locação de coletivos de empresas privadas para o transporte universitário, penso que alguém precisa ter coragem de criar uma cooperativa ou autarquia para o gerenciamento desse serviço.

Em minha modesta opinião, esse setor deverá ser gerenciado pelos próprios universitários, que deverão fiscalizar uma “contrapartida” financeira que deverá ser cobrada do universitário que for utilizar o serviço. O valor será estipulado conforme a disponibilidade financeira da família do estudante e essa pesquisa será feira por assistentes sociais do município.

A Prefeitura Municipal pode continuar oferecendo o motorista, o combustível, mas a cooperativa ficaria responsável pela manutenção dos veículos. Os universitários que forem atuar nesse setor, e eles terão muito trabalho, deverão ser remunerados como acontece com qualquer trabalhador.

Em 2009, uma série de manifestações por melhores ônibus paralisaram o Centro da cidade em três ocasiões. Depois de muita luta e reuniões, os coletivos novos foram comprados pela Prefeitura Municipal.
Eu me lembro que quando eu estava na faculdade, eu poderia pagar alguma coisa sim, pagaria se fosse preciso e muitos que viajavam comigo tinham condições de custear suas idas e vindas com tranquilidade.

Outra coisa: quem nunca percebeu que a superlotação da segunda-feira, por exemplo, ocorre basicamente porque tem uma turminha que mora no Rio e/ou Niterói (você conhece algum pobre que tem condições ter apartamento por lá?), que embora morem lá, usam o ônibus nesse dia para retornar aos seus apartamentos e repúblicas? O mesmo cenário ocorre na sexta-feira, quando os tais turistas estão regressando.

Tudo caminha para esse desfecho! Certamente teremos um monte de gente esperneando, os políticos, nós sabemos, são frouxos e por medo de perder votos não agem dessa maneira. Todavia, tenham a certeza de que esse dia vai chegar e não está longe!

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