terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Parabéns Alberto Dines!


Flávio Azevedo

O jornalista completou 80 anos de vida nessa terça-feira (19/02).
Completa 80 anos nessa terça-feira (19/02), o jornalista Alberto Dines. Em seus mais de 50 anos de carreira, ele dirigiu e lançou diversas revistas e jornais no Brasil e em Portugal. Leciona jornalismo desde 1963. Foi professor visitante da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York em 1974 e passou por todas as grandes mídias do país, lançando, inclusive a revista “Exame”.

Depois de anos driblando a Ditadura à frente do Jornal do Brasil, Dines foi demitido em junho de 1984 justamente por publicar um artigo que contrariava a direção do jornal, ao criticar a relação amistosa de seus donos com o governo do Estado do Rio de Janeiro.

Escreveu mais de 15 livros e criou o site Observatório da Imprensa (que também era um programa semanal na antiga TVE). O objetivo era acompanhar o comportamento da mídia brasileira. Atualmente Alberto Dines é pesquisador sênior do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, do qual foi co-fundador, além de coordenar o Observatório da Imprensa on-line e pela televisão.

Polêmica

Apesar da admiração que tenho pela longevidade do jornalista Alberto Dines, considerado o pai da crítica no Brasil, ele por vezes, segundo textos que rodam na internet, ataca outro conhecido nome da comunicação brasileira: o âncora Boris Casoy. No programa Roda Viva, da TV Cultura, e na revista da ABI, a Associação Brasileira de Imprensa, Alberto Dines apareceu de dedo em riste: acusando Boris de tê-lo cortado a cabeça, enquanto diretor da Folha de S. Paulo.

Boris Casoy mandou sua carta-resposta para a ABI, que não a publicou. Casoy sentiu-se censurado, e mandou o repique para alguns amigos. A verdadeira história nem Dines nem Casoy relatam. “Dines era chefe da Sucursal da Folha no Rio de Janeiro. E nos anos 80 mandou para São Paulo a famosa história de que um empregado da Coca-Cola havia caído num tonel da bebida, e acabou afogado e derretido. A Folha publicou. Meses depois, confirmou-se que a história era falsa. Boris ficou na cola de Dines, que endossou a veracidade da história, mas acabou esquecendo”.

Meses mais tarde Dines escreveu na página dois da Folha um violento artigo contra Paulo Maluf. Boris o mandou para o dono do jornal, Octavio Frias de Oliveira. E decidiu-se que o artigo de Dines sairia publicado à página cinco do jornal, bem no abre. O que não aconteceu.

Nesta altura Boris Casoy estava em viagem à China. Na sua ausência, um secretário de redação alertou a Octavio Frias de Oliveira que Dines vinha mandando diariamente o artigo a São Paulo, “até que fosse publicado”. Ao ler o artigo, finalmente, o finado “seu Frias” resolveu pela demissão do Alberto Dines: pelo fato de Dines insistir tanto em peitar uma ordem.

A história acima é o que se passou. Contudo, nem Dines, nem Casoy, gostam de vê-la contada. E quem demitiu Dines não foi Casoy, mas o dono do jornal.

Fonte: Cláudio Julio Tognolli

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