segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Você está com a “boca na teta”?


Flávio Azevedo

Prestar serviço para o governo, quando se cumpre os horários contratados e a pessoa está livre para pensar, não significa que se está com a boca na teta.
Não, eu não irei escrever um texto com viés erótico ou voltado a medicina veterinária, se é isso que você pensou! O objetivo é trazer alguns esclarecimentos, já que em todos os debates que provoco, provocam em meu perfil no Facebook ou nascem em outro espaço qualquer, eu percebo que a maior parte dos debatedores desconhece o que é o "servidor público" e o que é a famosa “boca na teta”! 

Primeiro é salutar comentar, que quando você presta serviço para o município, você não está trabalhando para o prefeito, como alguns pensam equivocadamente. A verdade é que você está vendendo a sua mão de obra ou seu trabalho para a Prefeitura, como você o faz para qualquer outra empresa da iniciativa privada. Aliás, quem trabalha, seja ele contratado ou concursado, está recebendo para executar uma função – e boa parte deles executa.

O problema é que tem gente que junto com a força do trabalho faz questão de vender a alma e a mente (o que é ridículo!). Também é bom ressaltar, que quando se fala em "boca na teta" (eu particularmente quando toco nesse assunto), está se apontando o sujeito que se enquadra no perfil “FUNCIONÁRIO FANTASMA”... Aquele cara que está em casa dormindo ou morando no exterior (como aconteceu num passado recente), mas o salário dele é depositado regularmente e normalmente como se ele estivesse trabalhando com a finco de segunda a sexta, de 8h às 17h como os demais prestadores de serviço.

Quanto aos debatedores, sejam eles oposição ou situação, as exceções existem, mas eles geralmente não usam os seus discursos para externar as suas ideias. Eles usam o espaço para confirmar o papo furado do grupo em que ele está inserido. Sobre isso eu questiono: “não é melhor andar com as minhas próprias pernas? Que tal pensar com a minha própria mente? Que tal jogar na lixeira o discurso assimilado lá no grupo a qual eu pertenço, e começar a pensar com os meus botões?”.

Creio que tem por aí, uma galera precisando conhecer “o mito da caverna de Platão”. Inclusive, eu abordei esse assunto aqui nesse espaço. Deixo o link e desejo boa leitura:

http://jornalistaflavioazevedo.blogspot.com.br/2012/04/o-mito-da-caverna-de-platao.html

Um comentário:

  1. Caro Flávio, esse é o paradigma a ser quebrado. A grande maioria das empresas e comércios de Rio Bonito, são consideradas familiares, onde aquele que MANDA é o dono, ou então é parente, e por conseguinte co-dono. Isso não difere das muitas cidades do Brasil, só muda um pouco nos grandes centros, onde a ideia de gerência desloca o princípio da propriedade. Essa modalidade de empresas, transforma o trabalhador em um ser servil e sem opinião, pois a organização é feita de cima para baixo, e cabe ao funcionário somente acatar as ordens e executá-las, sem qualquer desmando. Isso leva, todos que têm esse conceito, a uma visão errônea de serviço público, não sabem o que são as autarquias, os secretariados, as comissões, ficando somente bitolado ao chefe do executivo, este sim é o senhor feudal e os secretários seus capatazes. Aquele que pensa diferente, que não segue esse modelo errôneo, é taxado de insurgente, e como tal é tratado. A mamata (vem do mamar nas tetas) tem sido um dos principais instrumentos políticos utilizados, vide o muro das lamentações, que de tão difundido tornou-se uma obrigação, um direito adquirido, pois não se faz campanha sem esse dispositivo. Lógico que aqueles que fazem a situação arranjam sempre uma justificativa, e a oposição se contorce em gritos, até o que em novo pleito as coisas se invertem.
    Estamos nos renovando, vemos isso a cada momento, temos que continuar na luta pelos direitos iguais, pelo livre pensamento, não a livre discussão sem fundamentos, pela imprensa livre, pelos direitos do cidadão, por liberdade de manifestação.
    Veja esse video sobre os paradigmas, que é muito interessante: http://www.youtube.com/watch?v=g5G0qE7Lf0A

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