segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Marta é “Pelé de Saias” e uma extra-serie!


Flávio Azevedo

Marta vestindo a camisa da Seleção Brasileira de futebol feminino.
Curiosamente o “Dia do Desportista” (19/02) é comemorado na data de nascimento de uma das maiores jogadoras de futebol de todos os tempos. Estamos falando de Marta Vieira da Silva, mais conhecida como Marta. Ela nasceu na cidade de Dois Riachos, em Alagoas e não fosse o Brasil um país machista e dominado por dirigentes sem escrúpulos, Marta seria tão idolatrada quanto Pelé, Garrincha, Zico, Romário e Ronaldo “fenômeno”.

Ao longo da carreira, a jogadora já foi escolhida como melhor futebolista do mundo por cinco vezes consecutivas, um recorde entre mulheres e homens. Foi considerada pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Após grandes exibições, sobretudo nos Jogos Pan Americanos de 2007, Marta chegou a ser comparada a Pelé, sendo chamada por ele de “Pelé de Saias”.

A alagoana declarou que se emocionou ao saber que o rei do futebol acompanhou os jogos da seleção feminina, mas o reconhecimento de Pelé não foi suficiente para que o Brasil dê a modalidade feminina a mesma projeção e atenção que são dadas a masculina.

Exibindo um dos prêmios de melhor do mundo.
A jogadora é a única mulher a deixar, até agora, a marca do seu pé na calçada da fama do Maracanã, onde só os maiores da história do futebol brasileiro deixaram as suas marcas.

Enquanto o futebol feminino tem sido fonte de renda, e, nos Estados Unidos da América (EUA), por exemplo, ele movimenta bilhões; no Brasil, as jogadoras, caso não consigam um bom contrato (geralmente no exterior), elas jogam a troco de gorjetas e/ou simplesmente por gostar de brincar de futebol. Apesar desse descaso dos dirigentes brasileiros, a “seleção canarinho” sempre está entre as três melhores em todas as competições que disputa.

Se o Brasil tem jogadores e jogadoras que sempre serão os melhores do mundo em qualquer tempo, o país também é marcado como aquele que tem os dirigentes mais 'gueludos' e patifes do cenário esportivo mundial. Diante dessa realidade medonha e perversa, jogadoras como Marta são vencedoras duas vezes.

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