segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A dengue é responsabilidade de todos

Flávio Azevedo

Um dos inimigos públicos do cidadão brasileiro: o Aedes aegypti.
Depois de um período de trégua, a dengue volta a ser assunto (ontem eu recebi a informação que em Rio do Ouro tem muita gente doente). O problema é que nessa época do ano, com o aumento da temperatura e a grande quantidade de chuvas, a água ficou empoçada em algum lugar, e o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, certamente está encontrando condições favoráveis para se proliferar. Essa condição pode resultar em uma nova epidemia, como já aconteceu em anos anteriores. Mas qual tem sido o nosso comportamento em relação a isso? Geralmente, na maior cara de pau, nós achamos que somente o poder público tem a obrigação de se preocupar.

Contudo, é bom ressaltar que se nós não fizermos a nossa parte, os investimentos feitos pelo poder público serão inúteis. Para que você tenha idéia de como isso funciona, atitudes simples como tampar a caixa d’água, remover objetos que impeçam a água das chuvas de correr pelas calhas, manter garrafas e outros recipientes tampados ou virados de boca para baixo e outras coisas mínimas, são ferramentas eficazes no combate ao mosquito. Não precisamos ficar esperando somente pelo poder público, nós podemos ajudar.

Sobre o nosso comportamento, eu prefiro não responder, mas convido você a apreciar os rios da cidade por ocasião de uma chuva de verão. É uma visão que escandaliza qualquer pessoa decente. Digo isso, porque eu já vi sofá flutuando nas águas dos nossos rios como se fosse canoas. É por isso que o Aedes aegypti faz grandes estragos. Na verdade, os culpados pela dengue que atinge tantas pessoas são os seres humanos e os seus hábitos relaxados e irresponsáveis. Eu não sei quem era o dono do tal sofá que flutuava no rio, mas eu não quero ir a casa desse sujeito. Um amigo disse que a casa dessa pessoa deve ser uma ‘pocilga’.

Refletindo sobre essa comparação, eu fui obrigado a sair em defesa da pocilga. Já vou explicar. A pocilga é um curral de porcos. E sou obrigado a reconhecer que quando eu estive pela primeira vez numa pocilga, me impressionou a limpeza e a organização do lugar. Diga-se de passagem, a pocilga que eu visitei, infelizmente, é mais limpa e asseada do que a casa de muita gente boa que eu conheço.

Brincadeiras a parte, está na hora de despertarmos do sono da irresponsabilidade e fazermos a nossa parte. O poder público tem obrigações sim, às vezes não as cumpre, mas isso não é motivo para emporcalharmos o mundo. Por isso, eu afirmo que a dengue é responsabilidade nossa. O mais sério é que essa fábrica de mosquitos, em muitas oportunidades, está em nosso quintal, mas o mosquito não pica apenas o porquinho, mas os moradores de toda uma localidade.

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