segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Flashes do Casamento de Rute e Eliseu

O casal Rute Rosa e Elizeu Mazziotti.
Nesse sábado (24/11) eu passei por uma experiência nova em minha vida. A honra e a oportunidade de celebrar o casamento do casal de amigos, Rute e Eliseu. A cerimônia aconteceu no Salão José Egger, no Rio Bonito Atlético Clube e contou com a presença de centenas de amigos e parentes. Ela, de família católica; ele, de família evangélica; não poderiam se unir sob as bênçãos de sacerdotes de suas respectivas crenças, por conta da diferença de credo e regulamentos de cada denominação.

Durante os votos do matrimônio e troca de alianças, um noivo emocionado que chegou as lágrimas.
Por conta desse impasse, eu fui convidado para fazer algumas reflexões e oficiar a cerimônia. Como o que me interessa é o amor que o casal nutre um pelo outro, eu aceitei o desafio e Deus abençoou a todos nós. Em rápidas palavras nós meditamos na força do Amor; na importância do respeito mútuo; na necessidade da presença de Deus no seio da família; nas obrigações dos líderes do lar, entre elas a criação e Educação dos filhos, tarefa árdua, porém, vital para a sociedade. Concluímos frisando ser imperioso que essa divina responsabilidade não seja transferida para terceiros.

Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia.
A troca de alianças foi marcada pela forte emoção de Eliseu, que com voz embargada (em vários momentos) fez os votos matrimoniais diante de Deus e de dezenas de convidados que estavam igualmente emocionados. A música da parte religiosa do evento ficou por conta de Sheila Sá e Ricardinho. O poeta e escritor Francisco Azevedo também apresentou uma poesia em homenagem ao casal.

Concluída celebração, os convidados foram brindados com coquetel; e a animação ficou por conta de Júnior e Luciano, amigos do noivo, que é um dos músicos (baixista) da banda que acompanha a dupla. Que Deus derrame muitas bênçãos sobre o casal!

Reflexões do celebrante:

As reflexões para o casal foram baseadas nas palavras "Amor" e "Respeito".
Taj Mahal – Um Monumento ao Amor

Escolhido como uma das “Sete Maravilhas do Mundo Moderno”, o Taj Mahal está longe de ser um monumento que referencie uma guerra, uma conquista ou algum tipo de realização. Localizado na Índia, na cidade de Agra, o Taj Mahal, queira você ou não, é um mausoléu, um sepulcro, uma sepultura. Apesar disso, a construção, erguida por cerca de 20 mil operários entre os anos de 1631 e 1653, foi tombada pela UNESCO, em 1993, como Patrimônio da Humanidade.

Você pode estar se perguntando: “esse cara ficou maluco! Falar de mausoléu numa cerimônia de casamento?”. Eu explico. O Taj Mahal, suntuoso monumento construído todo em mármore branco, foi erguido por ordem do imperador Shah Jahan como memorial a sua esposa Aryumand Banu Begam, a quem chamava de “Mumtaz Mahal”, que significa “A jóia do palácio”.

Assim, o Taj Mahal pode ser pensado como a maior prova de amor do mundo. A construção é incrustada com pedras semipreciosas e sua cúpula é costurada com fios de ouro. A “Jóia do Palácio” deu ao seu esposo 14 filhos. Ela faleceu exatamente no último parto. O Taj Mahal é uma oferta póstuma. Diz a história que Shah Jahan adoeceu. Ao perceber que o fim dos seus dias se aproximava, ele passou o reino para os filhos e pediu que pudesse viver num aposento onde ele pudesse olhar o Taj Mahal pela janela. Quando morreu, em 1666, Shah Jahan foi sepultado ao lado da esposa.

Apesar de iniciarmos a nossa cerimônia falando de morte, nós também podemos falar de festa, inclusive, de uma festa de casamento. O relato está escrito no evangelho de João, no capítulo 2, versos 1 a 11. O texto conta a história de um casamento, ocorrido numa localidade chamada de Caná, na Galiléia. O evento contou com a presença de Jesus, da sua mãe e dos seus discípulos. Algo terrível, porém, aconteceu: o vinho acabou. Discretamente, Maria se aproximou do filho e comentou o ocorrido. Embora Jesus, a princípio, não tenha demonstrado muito interesse em atender a sua mãe, ela conhecendo o filho pediu que os garçons fizessem o que Jesus ordenasse.

O texto bíblico afirma que estavam ali, seis talhas de pedra, objetos que eram usados para a purificação dos judeus. Jesus ordenou que as enchesse de água. Depois de cheias, Ele ordenou que a água fosse levada ao mestre-sala, uma espécie de cerimonial contratado para organizar a festa. Ao provar o vinho, o mestre-sala chamou o noivo e fez um comentário que ocorre ainda nos dias de hoje: “todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho”.

Essa história é outra lição importante para qualquer casal. Quando Jesus está presente no casamento milagres podem acontecer, mudanças não imaginadas podem ocorrer, hábitos ruins, mas acariciados podem ser abandonados. O termo “triângulo amoroso” sempre é olhado pelos casais com grande espanto, sobretudo pelos mais ciumentos. Eu afirmo, porém, Rute e Eliseu, que quando essa terceira pessoa é Jesus, a possibilidade de vida feliz é de 100%.

A última história bíblica que iremos abordar nessa noite está localizada no capítulo 8 de Lucas, a partir do verso 40. Jesus foi procurado por um homem chamado Jairo, que era príncipe da sinagoga. Ele pediu que Jesus fosse a sua casa. O motivo da visita era curar a sua filha. Ela estava muito doente. Enquanto Jesus se dirigia a casa de Jairo, sempre envolvido pela multidão, chegou um dos assessores de Jairo com a notícia de que a menina, que tinha cerca de 12 anos, já está morta. Jesus, porém, ouvindo, respondeu: “Não temas, crê somente, e ela será salva”.

Entrando em casa, a ninguém Ele deixou entrar. Apenas Pedro, Tiago, João e os pais da menina. As pessoas choravam, mas Jesus pedia que não chorassem. O pedido, logicamente, inusitado, gerou risos e o deboche de vários que estava ali acompanhando cada passo do mestre. Depois de pedir que todos saíssem, Jesus pegou a jovem pela mão e disse: “Levanta-te, menina!”.

Diz o relato que ela voltou a respirar, se levantou e Jesus a entregou aos seus pais para que a alimentassem. Estamos falando de uma criança, uma menina que estava chegando a sua adolescência, uma fase difícil e complicada que será enfrentada por todos os pais e mães. Entretanto, não são poucas as famílias que estão transferindo a responsabilidade, que é delas, para terceiros. Transferem para a escola, para o Conselho Tutelar, para a Prefeitura, para a Igreja, para a Delegacia, para a Câmara de Vereadores, para o instrutor de capoeira, para a professora de balé, para a televisão, para o curso de inglês, para a Natação e muitas vezes para a rua.

E, a Bíblia também fala sobre isso. O profeta Jeremias, no capitulo 9, verso 21 do seu livro, escreveu o seguinte: “porque a morte subiu pelas nossas janelas e entrou em nossos palácios, para exterminar as crianças das ruas e os jovens das praças”. Interessante é que já nos temos bíblicos a morte entrava pelas janelas e buscava exterminar os jovens. Fica muito nítido, que os problemas, às vezes, podem estar dentro de casa. Eles entram pela janela, pela porta, pelo rádio, pela TV e, ultimamente, pela internet.

Em Deuteronômios 6, versos 5 a 9, Moisés escreveu aconselhamentos importantes. Diz assim: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração (sentimentos), de toda a tua alma (escolhas) e de todas as suas forças (luta e iniciativa). E estas palavras que hoje te ordeno estarão em teu coração. E as ensinarás a teus filhos e delas falarás: assentado em tua casa, andando pelo caminho, ao deitar e ao levantar. Também as atarás por sinal na tua mão (serviço) e te serão por frontais entre os teus olhos (mente). Escreva estas palavras nos umbrais da tua casa e nas tuas portas”.

Conclusão

Rute Rosa Gomes Fonseca, 25 anos; Eliseu Nunes Mazziotti, 37 anos. Ela é filha de Regina Maria Gomes Fonseca e Nelson Alves da Fonseca. Ele é filho de Dora Nunes Mazziotti e Geovanni Mazziotti. São as pessoas responsáveis pelo cuidado, até aqui desse casal que se une em matrimônio diante de Deus e dos homens. Rute e Eliseu apontaram o que mais chamou atenção quando se conheceram. Ela disse que ele é “sincero”; ele destacou a “beleza” da gata.

Prezado Elizeu, continue sendo sempre muito sincero com a sua companheira. E Rute, continue a cada dia sendo mais bela... Mas eu não estou falando da beleza que sai com água e sabão ou é construída pelo bisturi de um exímio cirurgião plástico. Estou falando da beleza interior, de um coração apaixonado, de um espírito apaziguador. Retribua, sempre, a sinceridade que você enxergou no seu esposo.

Termino com o conselho de S. Paulo a igreja de Corinto. Estamos falando de uma congregação de crentes que era extremamente problemática, mas tudo por conta da falta de amor. Como já mencionamos aqui anteriormente, mas nunca é demais lembrar, a raiz de toda espécie de males que atinge qualquer união, seja ela, amorosa, familiar ou comercial, é a falta de amor. Essa é a realidade de qualquer convivência.

O trânsito que nós criticamos; o vizinho que prejudica o outro; o colega de trabalho que diz inverdades e adora mexericos; o sujeito que se acha mais esperto que os demais e fura a fila onde todos estão pacientemente aguardando a sua vez; as pilhérias e piadas que fazemos com as limitações, físicas ou mentais, das pessoas; e as desavenças entre os casais... Tudo isso é fruto da falta de amor.

Os problemas de convivência não foram originados pela modernidade. Pode ser que tenham sido ampliados, mas eles existem a muito tempo. O primeiro casal que existiu nesse mundo, Adão e Eva, viu os seus filhos, os primeiros jovens da história do planeta, entrando em vários atritos. O resultado nós já sabemos: Caim matou Abel. 

Sendo assim, S. Paulo, na sua primeira carta aos Coríntios (13) escreveu:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha.

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