terça-feira, 25 de setembro de 2012

Castelo inaugura “Memorial” com festa e saudosismo

Flávio Azevedo

Integrantes da equipe tetracampeã visitando o "Memorial do Castelo".
Aos 58 anos, um dos gingantes do futebol riobonitense, o Castelo Futebol Clube, inaugurou no último dia 16 de setembro, o “Memorial do Castelo”, espaço que narra a história do clube e parte da história do desporto riobonitense. No local estão expostas centenas de fotos, troféus, uniformes, documentos e outros materiais que narram a trajetória de glórias do tradicional tricolor do 2º Distrito. Conquistas históricas como o tetracampeonato municipal riobonitense, vencidos de maneira invicta nos anos de 1973, 1974, 1975 e 1976, ali estão registrados.

Mário Miranda
Fundado em oito de agosto de 1954, por Mário Miranda, o clube imortalizou na história do desporto riobonitense, nomes como Osao Kiuchi, Emílio Esteves Pintas, Constantino Alves Pintas, Shoji Kiuchi, Manoel Alves, Luis Carlos Vidal, José Corrêa de Azevedo, entre outros que constam na Ata da primeira reunião de diretoria do clube. O documento é redigido pela primeira secretária Maria Kiuchi. A Ata está exposta num quadro e registra uma reunião ocorrida em 15 de agosto de 1958. O documento confirma o título de Entidade de Utilidade Pública Estadual do Castelo, indicação do então deputado estadual Hypólito Porto; e de Entidade de Utilidade Pública Municipal, indicação da Câmara de Vereadores de Rio Bonito.   

O Memorial


Equipe campeã invicta de 1974.

A inauguração do “Memorial do Castelo” aconteceu com grande festa. A solenidade contou com a presença de convidados ilustres, ex-atletas, sócios, torcedores e moradores do 2º Distrito. O presidente do clube, o advogado Almir Pintas, comentou que as entidades precisam auxiliar o poder público a manter espaços dessa natureza, “mas pela carga cultural e de preservação da história contidas aqui, o poder público também precisa dar a sua contrapartida auxiliando a manter aberto e funcionando esses setores”.

Natural do 2º Distrito, o prefeito José Luiz Antunes, prestigiou o evento e disse que a iniciativa do Castelo contribui para o enriquecimento cultural de Rio Bonito.
– Visitando esse espaço, muito bem preparado pela diretoria do Castelo, eu recordo dos meus tempos de infância, das brincadeiras, dos jogos de futebol, as matinês e das aventuras da juventude. Certamente esse memorial é o mais conservado de toda região, talvez do Estado do Rio. Quem tiver a oportunidade de visitar deve vir, porque boa parte da história de Rio Bonito, principalmente do 2º Distrito está aqui – afirmou o prefeito enquanto olhava as fotografias antigas expostas no local.
O presidente Almir Pintas e o ex-jogador Sulê, durante o evento.
Também presente ao evento, o ex-jogador de futebol, Orlando Zimine, o Sulê, falou da importância do Castelo para sua bem sucedida carreira de jogador de futebol. Aos 58 anos, Sulê é considerado um dos ícones do desporto riobonitense e fez parte do lendário time tetracampeão invicto dos anos 70. De acordo com ele, “visitar o “Memorial do Castelo” é um mergulho no passado”. O ex-jogador se profissionalizou e hoje está radicado no Amazonas. 
– A minha caminhada no futebol, Graça a Deus, foi vitoriosa. Eu saí do Castelo em 1977. Joguei no Olaria e fui para o Norte do Brasil, onde joguei no Rio Negro, Remo, América de Natal, até encerrar a minha carreira no Nacional de Uberaba – revelou Sulê.

Presentes ao evento, a família do presidente castelino (E), o prefeito José Luiz Antunes; o ex-presidente da Liga Riobonitense de Desportos, Walter Terra (de verde); o presidente do Esperança FC, Luis Cláudio Borges (D); Bruno da Ollé (de preto) e Papinha (de vermelho). 
Concluída a solenidade de inauguração, que contou com o tradicional “parabéns pra você” em homenagem ao Castelo Futebol Clube, o presidente Almir Pintas disse que “se eu abrir o coração eu não vou conseguir falar... Porque a emoção é muito forte. Ver tantos amigos de hoje e de ontem me abraçando e visitando o Castelo faz com que a minha vida passe diante dos meus olhos como um filme”, ponderou o presidente, lembrando que o conteúdo exposto no local é um trabalho de pesquisa que durou mais de 10 anos.
– Que todos venham ao Estádio Emílio Esteves Pintas conhecer o “Memorial do Castelo”. O espaço está aberto às escolas e a sociedade em geral. Hoje nós entregamos esse local ao município e o prefeito José Luis ficou muito entusiasmado com ideia. Não queremos que a Prefeitura coloque dinheiro aqui. O nosso pedido é que o Memorial do Castelo faça parte do roteiro cultural do nosso município – comentou Almir Pintas.


Uma saudade de 1959. Equipe vice-campeã de Rio Bonito. Em pé: Ózimo, Emílio, Paulinho, Leônidas, Nelson, Hipólito e Tobias. Agachados: Eduardo, Caçula, Valdovino, Moacir e Chico.
 O Castelo tem a sua sede localizada numa antiga escola estadual. De acordo com o presidente do clube, o local foi doado pelo seu pai (Emílio Esteves Pintas) ao governo do Estado para que uma escola fosse construída no local. “Mas como o Estado abandonou a escola, seguindo uma cláusula contratual, o local foi encampado em nossas terras. Sendo assim, eu achei que seria justo usar essas instalações para abrigar o nosso clube e criar esse espaço cultural que conta um pouco da história do Castelo e do desporto de Rio Bonito”, concluiu Almir Pintas.

Jogos do “Memorial”

O Nova Geração venceu o Nova Cidade nos pênaltis e ficou com o trofeu comemoratico do evento.
No dia da inauguração do “Memorial do Castelo”, duas partidas ocorreram no Estádio Emílio Esteves Pintas. O primeiro jogo aconteceu às 12h, entre equipes Sub-15 do Castelo e time de Maradona. A equipe da casa venceu por 4x2 e ficou com o troféu comemorativo do evento. A segunda partida foi um jogo válido pela 2ª Rodada da Copa Ollé de Futebol Amador. Nova Geração (Parque Andréa) e Nova Cidade empataram em 2x2. Para o Nova Geração, Léo marcou duas vezes. Para o Nova Cidade marcaram Rique e Max Sandro. Nos pênaltis, o Nova Geração levou a melhor e levou o troféu comemorativo.

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