segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Faltam investimentos ao Esporte brasileiro e Rio Bonito segue a risca essa triste realidade

Flávio Azevedo

O pugilista, Esquiva Falcão, medalha de prata nas Olimpíadas de Londres (categoria peso-médio masculino), chegou ao Brasil muito aplaudido, mas aproveitou a oportunidade para pedir mais apoio para o boxe. “Peço mais apoio às pessoas que estão vendo, pois o boxe precisa de um pouco mais para dar mais resultado. Falta centro de treinamento específico. Acho que, com um CT, o boxe pode evoluir bastante”, declarou.

O jovem pugilista também espera que as conquistas da equipe brasileira (além de sua prata e do bronze de Adriana Araújo, Yamaguchi Falcão foi bronze no peso-meio-pesado masculino) atraiam mais apoio para atletas desconhecidos do boxe. Ele lembrou que ele e seu irmão não eram conhecidos até antes dos Jogos Olímpicos.
– Acredito que agora vai chegar mais apoio para os outros atletas, e os patrocinadores vão acreditar mais neles, que eles têm capacidade. Passamos por dificuldades também. Há um mês, ninguém conhecia a gente, e hoje estamos aqui, com muito esforço – comentou Esquiva.

Em Rio Bonito é igual

Depois de ajudar a vitoriosa equipe de Kickboxing do Rio Bonito Atlético Clube (RBAC) a acrescentar mais 15 medalhas ao seu vitorioso currículo (oito delas de ouro), o professor Ronaldo Oliveira Augusto, coordenador da academia de Kickboxing do RBAC fala da importância do apoio ao esporte em Rio Bonito. “Temos uma equipe muito bem treinada, dedicada, que está sempre conquistando medalhas, apesar do apoio tímido do poder público ao Esporte. Se os investimentos a esse setor fossem mais consistentes, a nossa realidade seria muito superior e nós estaríamos em outro patamar”, pondera Ronaldo.

Participando da 2ª etapa do Campeonato Intermunicipal de Kickboxing, no Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, no Rio de Janeiro, no último dia 11 de agosto, os atletas conquistaram 15 medalhas, sendo oito de ouro, quatro de prata e três de bronze. Os atletas, Ronaldo Augusto e Rafaela Castilho, conquistaram o trofeu de melhor atleta da competição nas modalidades, masculino e feminino, respectivamente.

O professor Ronaldo afirma que o seu grupo de atletas trabalha duro e as medalhas são frutos da dedicação e do treinamento. Na 1ª Etapa do Campeonato Intermunicipal de Kickboxing, no Clube Tamoio, em São Gonçalo, no último mês de julho, o grupo conquistou 18 medalhas, sendo cinco de ouro, sete de prata e seis de bronze. Com as 15 medalhas conquistadas no dia 11 de agosto, o grupo chegou ao total de 33 medalhas, sendo 13 de ouro.

Falta atenção

Outras premissas também devem ser analisadas, por exemplo: os empresários, e até o poder público, não focam a formação do homem (cidadania), mas o ganho financeiro que o atleta/operário pode render as suas marcas, nomes e empresas. Em entrevista ao Canal SporTV, a ex-ginasta húngara, Nádia Comãneci, disse que o Brasil precisa de “heróis” nos esportes menos populares para fazer o povo ter esses atletas e o tal esporte como referência. Diante desse cenário, não seria mais inteligente se os bilhões que estão sendo direcionados à realização de Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016) aqui no Brasil fossem investidos na formação de atletas olímpicos?

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