quinta-feira, 7 de junho de 2012

Silva Jardim ganha Centro de Cidadania e Teatro Municipal

Flávio Azevedo
Foto 1: Leon Coimbra

O prefeito Marcello Xavier Cabreira, Marcello Zelão (PT), inaugurou junto a comunidade silvajardinense, na noite do último dia 31 de maio, o Centro de Cidadania Cláudio Romero Parrilha, onde está inserido o Teatro Zezé Macedo, atriz de renome internacional que é natural do município. Após a solenidade de inauguração, o público acompanhou o espetáculo “Ensaios de Vidas Cruzadas”, da diretora de teatro silvajardinense, Márcia Goes. O elenco é composto por jovens silvajardinenses (Nara Costa, Willian Bragança, Aline Leite Nunes, Daniela Souza e Letícia).

O novo espaço fica situado na esquina da Av. Oito de Maio com a Rua Sansão Pedro Davi, no Centro. O prédio conta com dois andares, sendo o teatro no térreo e um auditório no segundo pavimento. De acordo com o prefeito, o objetivo é suprir uma antiga lacuna da cidade, “a falta de um lugar para receber palestras e reuniões”.
– Não é possível que uma cidade não tenha um lugar onde as pessoas possam se reunir com conforto, segurança e tranquilidade, sobretudo nesse tempo em que o município passa por franco desenvolvimento. A partir de agora, porém, isso mudou e já temos o nosso espaço de reuniões – comemorou Zelão.

O chefe do Executivo silvajardinense acrescentou que o espaço pode ser usado pelos empresários, comerciantes, grupos culturais e, principalmente pela comunidade, por ser um local criado para o silvajardinense. “Eu quero que todos procurem usar esse espaço. A Prefeitura não fez esse investimento para ele ficar fechado. O nome “Centro de Cidadania” já é um exemplo de qual é a nossa pretensão quando criamos esse local”, analisa o prefeito.

Durante a solenidade de inauguração, o prefeito comentou que Zezé Macedo e Cláudio Romero, cada uma seu tempo, marcaram a história de Silva Jardim. “Em breve nós iremos inaugurar a Casa da Cultura, que vai expor todo o acervo de Zezé Macedo”, disse Zelão, que agradeceu a Maçonaria de Silva Jardim, que foi o fiel depositária de tudo que a atriz, falecida em 8 de outubro de 1999, deixou.

Cláudio Romero Parrilha

O personagem que dá nome ao Centro Cultural de Silva Jardim nasceu em território silvajardinense no dia 27 de abril de 1966. O seu primeiro emprego foi na Sapataria do Aleixo. As suas aptidões culturais começaram a ser demonstradas na banda Honório Coelho, onde tocou saxofone, clarinete e violão, o que o levou a Escola de Música Villa Lobos. Também escreveu posias e poemas.

Muito ligado a política, iniciou o curso de Ciências Sociais na Universidade Federal Fluminense (UFF), experimento que certamente serviu de base para ser um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) silvajardinense e atuar no primeiro jornal da cidade, o “SJ Jornal”.

Apaixonado por futebol, Parrilha era excelente jogador e defendeu as cores do União Futebol Clube, o que contribuiu para que chegasse ao América/RJ. Entre essas idas e vindas, também atuou como agente de Saúde da Prefeitura de Silva Jardim. Faleceu de forma emblemática e traumática, aos 26 anos, no dia 17 de julho de 1992.

Mãos estendidas

Peças dispersas ao tempo
No mundo vagueiam;
E a distância do mundo
Transforma o tempo
Num espelho estilhaçado
Que reflete imagens confusas
De uma vida também aos pedaços.

Primeiro, total escuridão.
Um alhear-se da vida e do mundo.
Mas brilha bem pálida, longe...
Uma luz que insiste em não se apagar:
É a busca da realidade
Através de sonhos... Fantasias...
E sonhar é tão bom!

Sonho não é sinônimo de ilusão
Nem fuga da realidade:
É o mundo real de cada coração.
O exterior então é que se faz torpe
E reprime todo aquele ideal.

Vejo mãos estendidas:
– Sair do poço
Tão reais são o carisma e o amor
Que não sei se vem mesmo deste mundo
Uns serão fantasias, outros sonhos.
... O sonho não acaba nunca
... Houve e haverá mãos estendidas.

Romero Parrilha

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