quarta-feira, 13 de junho de 2012

Programa “O TEMPO EM RIO BONITO” recebe Pré-candidato Vencerlau Machado

Flávio Azevedo

Com o objetivo de receber os pré-candidatos à Prefeitura de Rio Bonito, o programa “O TEMPO EM RIO BONITO” recebeu no último dia 03 de junho, o militar reformado Vencerlau Vieria Machado (PC do B). O objetivo foi ouvir as suas ideias e projetos para a cidade. A entrevista começou abordando o tema qualificação profissional e geração de renda. Para Machado, as pessoas estão falando muito do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) e esquecendo o Agronegócio.
– Precisamos investir no que alimenta o ser humano. A uva que consumimos hoje, por incrível que pareça, vem do Nordeste. Isso é possível porque foi feito investimento no homem do campo. Para quem não sabe, 90% dos nossos produtores rurais não tem condições de se manter – comentou Machado.

Ainda sobre esse tema, ele afirma que os governantes precisam investir nas cinco profissões do futuro: Medicina, Desenho Gráfico, Petróleo, Agronegócio e Direito Ambiental. Essa iniciativa já deveria ser tomada há muitos anos, por isso eu não dirijo as minhas críticas para hoje, mas ao governantes que estiveram a frente de Rio Bonito nos últimos 50 anos.

Sobre Turismo, o pré-candidato acredita que a reposta para esse tema passa pela qualificação profissional e acredita ser importante estimular setores como Agricultura e Avicultura. “O Turismo fortalece a Economia. Nós precisamos de estádio, teleferico, hoteis, pousadas, mas é importante dar estrutura para isso tudo funcionar. O nosso município não cresce. Em 1984 tinhamos 40 mil habitantes... Em 2012, apenas 53 mil. Isso mostra que o desenvolvimento está distante de nós”. Machado é mais um que aponta a importância da posição geográfica da cidade e afirma que “isso não está sendo aproveitado”.
– Quantos empresarios vieram para Rio Bonito e investiram na cidade nos últimos anos? Dois ou três. No Carnaval, por exemplo, todos saem da cidade. Mas para mudar essa realidade precisamos nos unir por Rio Bonito. Um projeto que tramitou no Ministério dos Esportes, por exemplo, não foi consumado porque, preocupados com política, Rio Bonito Atlético Clube e Esporte Clube Fluminense não assinaram um documento que era exigido pelo Ministério – lamentou.

Segundo Machado, não se deve priorizar uma pasta, porque todos os setores são importantes. Ele, porém, aponta a necessidade de “se organizar a casa”. O pré-candidato lamenta as seguidas perdas de recursos federais, as constantes pendências do município no Cadastro Único de Convênios (Cauc), criticou as constantes faltas de pagamento de água, luz, telefone, disse que o Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) deveria ser encarado com seriedade e afirmou que a insatisfação do servidor é uma realidade.

Ainda de acordo com o pré-candidato, o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Rio Bonito (Imprevirb) precisa receber mais atenção do município. Ele também garantiu que caso seja confirmado como candidato e eleito nas eleições de 7 de outubro, a famosa Lei 1199, que regulamenta incorporações no salário dos servidores, será revista “porque ela é inconstitucional e ainda vai quebrar o município”.
– Muitas vezes, quando eu dirigia a Guarda Municipal, eu recebia funcionários que iam para o meu setor como castigo. Depois de algum tempo, por conta do meu tratamento humano com os guardas, muita gente queria ir trabalhar comigo. Durante a minha passagem pela GM nós não tinhamos férias pendentes, porque eu respeito direito do trabalhador – ponderou Machado, acrescentando que o município precisa de um secretario de Planejamento que pense integralmente na Prefeitura.

Sobre Agricultura, Indústria, Comércio e Turismo, o pré-candidato compara o setor ao ânus, órgão que, segundo ele, é importantíssimo, porém, fica esquecido. “O mesmo acontece com essas pastas da Prefeitura, ficam esquecida, mas por não funcionar adoecem o corpo todo”. Para Machado, o próximo governante precisa investir em pessoas e dar acesso as localidades interioranas. “O hotel Pedras Negras, por exemplo, perdeu um grande contrato com a Petrobras, que certamente geraria emprego e renda, por conta desse problema.
– Tinhamos uma negociação com a Marinha, que estava interessada na área do Parque Aquático. Caso as negocações fossem concretizadas 5 mil novas famílias viriam morar em Rio Bonito. Mas como não aconteceu, nós perdemos a oportunidade de gerar emprego e renda, afinal estamos falando de pessoas que têm bom poder aquisitivo, o que contribuiria para aquecer o comércio local – analisa.

As experiências adquiridas na Marinha e na GM, segundo Machado, deram a ele, experiência para falar com propriedade sobre Segurança Pública. “Quando a GM estava sob o meu comando, eu tinha um setor de projetos e vários deles foram aprovados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça. Um desses projetos era trazer um helicóptero para remoção de pacientes vítimas de acidentes nas rodovias que cortam Rio Bonito, mas a Câmara de Vereadores, à época, não aprovou e perdemos o benefício. Um vereador chegou a me pedir 300 camisas para aprovar alguns desses projetos”, denunciou Machado.

Sobre os impostos municipais e a forma como vai lidar com essa questão, Machado afirmou que existe uma lei que permite a Prefeitura negociar dívidas como IPTU, por exemplo, com os bancos. “A instituição bancária compra a dívida e corre atrás do recebimento, mas como existe interesse em atender os ‘amigos’, iniciativas como essa acabam sendo deixadas de lado”, alfineta.

Sobre a valorização do servidor o pré-candidato garante valorização é o segredo do sucesso do governante. “Hoje, a pessoa entra como varredor de rua e a chance dele morrer nessa função é grande. Outra questão que precisa ser revista é o fato do Estatuto do Servidor favorecer o funcionário relapso. Se o sujeito faltar 29 dias, mas no 30º dia se apresentar, nada acontece com ele. Isso precisa mudar”, afirma.

Uma equipe de projetos, segundo Machado, já está elaborando um PCCR, um Estatuto do Servidor e pensando a criação do cargo de Agentes de Trânsito. “Precisamos sinalizar a cidade. Perdemos a verba para a sinalização vertical e horizontal que havia sido anunciada, porque a empreiteira que executaria a obra não era do agrado do prefeito. Outra iniciativa minha caso eu seja vitorioso nas eleições é exigir que empresas como a CEDAE, por exemplo, cumpram as suas obrigações na prestação do serviço que vendem”, promete.

Novamente falando sobre segurança, o pré-candidato disse que “as relações entre os poderes precisam acontecer”. Segundo Machado, o coronel Ribeiro (ex-comandante do 35º BPM) assumiu o comando, foi transferido, mas não conseguiu almoçar com o prefeito José Luiz Antunes. “Isso é muito problemático, porque as relações precisam ser estreitadas. Quando eu estava no comanda da GM, em época de eventos maiores, o coronel e o delegado ficavam hospedados na minha casa”.

Para Machado, a Segurança é um direito de todos e ela deve ser estendida aos bairros do interior. “Na minha gestão diante da GM, como tinhamos boa relação com a Polícia Militar, foi criado o Patrulhamento Motorizado Especial (Pamesp), que cuidava da ronda escolar”. Questionado sobre a ideia da Prefeitura contratar policiais militares de folga para aumentar o volume de políciais nas ruas da cidade, o pré-candidato afirma ser contrário. “Assumi a GM com 12 homens e cheguei a ter 72 guardas sob meu comando. Se tenho dinheiro para contratar PMs, porque não valorizar os GMs”, conclui Machado.

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