quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Silva Jardim, Zelão e Fernando, e as reclamações

Flávio Azevedo - Reflexões

Dia desses, navegando pelo Facebook, eu encontrei um pequeno texto do meu amigo Fernando Augusto Bastos, vice-prefeito de Silva Jardim, onde ele comentava as reclamações de alguns cidadãos silvajardinenses em relação aos absurdos preços das passagens do recém-criado Serviço Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) – “Expresso Capivari”, uma autarquia municipal que tem o objetivo de transportar pessoas e bens nas áreas urbanas da cidade.

Os queixosos e reclamantes estariam, de acordo com o texto, insatisfeitos com o valor simbólico e “exorbitante” que é cobrado aos passageiros: R$ 1,00. Eu acompanhei os comentários que se seguiram, muitos deles elogiosos (em vários momentos até de mais) e alguns mais críticos e firmes. Depois de saber que a descobrir que as passagens da Rio Ita ultrapassam os R$ 3,00, eu resolvi – uma velha mania que não perco – escrever algumas reflexões para a meditação dos amigos Marcello Zelão (Prefeito) e Fernando Augusto (vice).

Eu quero dizer para os senhores, que eu sou jornalista e defendo com unhas e dentes a LIBERDADE DE EXPRESSÃO, fenômeno social democrático evocado por quase todos os críticos da atual administração de Silva Jardim. Por isso, em nome dessa tal liberdade, eu gostaria de pedir que a dupla Zelão e Fernando, por obséquio, considerassem a possibilidade de deixar a Prefeitura Municipal de Silva Jardim, em 31 de dezembro de 2012.

Penso que seria salutar se os senhores não fossem reeleitos esse ano. Que tal se os senhores deixarem a cidade voltar aos tempos anteriores a 2009? Que tal os senhores permitirem o retorno daquela antiga fofoca de cassa prefeito, volta prefeito; cassa de novo, volta novamente? Acho que seria interessante trazer de volta aquele município que só aparecia na grande mídia por conta dos seus “ilustres” cidadãos que eram presos por mau uso dos recursos públicos!

Tenho outras sugestões: que tal encerrar as atividades do Expresso Capivari e dividir a grana desse serviço com os “boca abertas” que sempre sorveram os cofres silvajardinenses em administrações anteriores? Não seria melhor, em vez de construir escolas, uma nova rodoviária, entre outras coisas, reservar esses recursos para manter as ‘viúvas’ que foram forçadas a deixar a boca quando o poder mudou de mãos?

É possível (não estou afirmando) que ainda exista muita coisa a ser corrigida na administração da dupla Zelão e Fernando. Acho, inclusive, que alguns elementos deveriam ser convidados a se retirar da administração municipal o quanto antes (não deveriam sequer ter entrado!). Apesar disso, desde 2009, eu não vejo a cidade ser notícia por conta de improbidade administrativa e outros escândalos.

Se existe alguma desconfiança de má administração da cidade, eu pergunto: “o Ministério Público (MP) já foi acionado”? Aliás, se existe um órgão atuante em Silva Jardim é o MP! Aproveito, inclusive, a oportunidade, para pedir um favor: “se as tais denúncias já foram encaminhadas ao MP, eu gostaria que me mandassem as cópias”! A não ser que os supostos insatisfeitos estejam apenas reclamando da tribuna do “balcão do botequim” e do “banco da praça” (isso acontece em todo lugar!), na expectativa de que a tal reclamação chegue aos ouvidos do prefeito para que ele chame o insatisfeito para um “acertinho”.

Concluídas essas reflexões, eu devo lembrar que eu não tenho nenhuma boquinha na Prefeitura de Silva Jardim, não moro na cidade, mas todas as vezes que estou andando por lá distribuindo o jornal O TEMPO EM RIO BONITO, os insatisfeitos dizem que queriam um emprego (nunca trabalho) na Prefeitura, mas não conseguem, porque, infelizmente, não tem vaga para todos, ou seja, alguém tem que ficar de fora! O curioso é que isso representa 99,9% das reclamações!

Em fim, eu vejo pouca gente pensando em qualificação profissional e geração de renda; quase ninguém reclama a importância de investimentos mais significativos para a Cultura e o Esporte local; poucos são os que cobram incentivos ao produtor rural e criação de cooperativas. Ou seja, a maior parte quer uma boquinha, fenômeno que considero o principal responsável pela desigualdade social do nosso país!

Um comentário:

  1. Ridículo, como bem disseste não mora em silva Jardim!
    Se dependesse de uma policlínica onde estar largada as traça, e é foco de bactérias daria razão ao povo.
    Se fosse assalariado e tivesse que pagar preço absurdo de IPTU daria razão.
    A administração atual é um grande faz de conta, só isso

    ResponderExcluir