segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Machu Picchu, no Peru, é uma lição de ocupação responsável do solo e civilidade

Flávio Azevedo - Reflexões

A Globo News reprisou hoje (26/12/2011) um documentário sobre Machu Picchu, no Peru. A cidade sagrada dos Incas é talhada na montanha e obedece a padrões rigorosos de engenharia. O que chama a minha atenção é que apesar de serem povos “primitivos”, os incas tinham preocupação com o escoamento da água sob dois aspectos: não deixar de irrigar as plantações e evitar os deslizamentos de terra.

Em nosso tempo, os povos “evoluídos” não estão nem aí para nenhuma dessas questões, principalmente em relação aos deslizamentos de terra. Em nome do “foi o único lugar que sobrou para abrigar a minha família” (pobres); e o “quem tem dinheiro constrói onde quer” (ricos), os povos modernos erguem suas moradias, irresponsavelmente, em qualquer lugar. Enquanto no ano 1.400, os pré-colombianos tinham preocupação em não obstruir o fluxo da água para não ter surpresas desagradáveis com a natureza, em 2011, os caras não estão nem aí!

Se fizermos uma ligeira comparação entre esses povos, quem é primitivo e/ou evoluído?

Se as antigas civilizações (Incas, Maias e Astecas) são consideradas primitivas, por oferecer seus filhos em sacrifícios vivos ao “Deus Sol”; as civilizações atuais sacrificam os seus filhos ao “Deus do Capital”. Ou seja, hoje, adolescentes e jovens morrem aos milhares vitimados por acidentes automobilísticos e por conta do envolvimento com o tráfico de drogas. Tudo isso em nome da vida fácil e fútil, dogmas que são apregoados pelo Capitalismo e aceito pelas famílias, como acontecia com Incas, Maias e Astecas.

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