sábado, 9 de outubro de 2010

Empresários da construção civil e prefeito José Luiz discutem melhorias para Rio Bonito

Por Flávio Azevedo

Com o objetivo de discutir a ampliação da área central e comercial da cidade e o ordenamento urbano do município, empresários do setor de construção civil se reuniram com o prefeito José Luiz Antunes (DEM) para discutir e propor mudanças, sobretudo para o Centro de Rio Bonito. Durante o encontro, que aconteceu na tarde do último dia 7 de outubro, na sala de reuniões da Prefeitura Municipal, também foi discutido o gabarito de construção da cidade, que é estipulado em oito pavimentos.

Representando o setor da construção civil estavam os empresários Aécio Moura, Gibran Mansur, Manoel Bonelli e Carlos Léo. Para os empresários, Rio Bonito, é, hoje, o município mais procurado da região por inúmeros investidores, que, atraídos pelo Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), estão buscando moradia e espaço comercial na cidade. Natural de Belo Horizonte, o engenheiro Carlos Léo (foto), que há 38 anos trabalha no setor, afirmou que gostou bastante da qualidade de vida oferecida por Rio Bonito, “onde pretendo morar”.

O empresário, porém, fez um alerta: “eu já viajei bastante, trabalhei em muitos lugares, inclusive em Volta Redonda, onde está a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e posso dizer com tranquilidade, que o Comperj é o maior investimento que eu já vi. Os senhores não imaginam o que vem por aí e as cidades deveriam estar se preparando, porque nós não temos noção do impacto desse empreendimento”.

O prefeito José Luiz afirmou que todas as decisões sobre esse assunto devem ser tomadas com cuidado. Ele também revelou que a prefeitura está fazendo estudos, mas todos os setores da cidade serão ouvidos.
– Nós estamos preocupados com essa situação, porque daqui pouco não veremos mais a Serra do Sambê. Além disso, Rio Bonito tem características que não podem ser perdidas, porque são particularidades responsáveis pela nossa qualidade. O crescimento é sempre bem-vindo, mas deve ser feito de maneira mais adequada. O nosso interesse é fazer alguma coisa que seja boa para todo mundo – analisou.

Mudanças

Durante o encontro, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Isaías Class, fez uma apresentação mostrando as mudanças que poderão acontecer no futuro. Segundo ele, o centro comercial pode ser ampliado para a Av. Manuel Duarte (da Bela Vista até a Padaria Guimeshe), e Av. Sete de Maio, que por ter ruas amplas é um local muito valorizado. De acordo com o secretário, as ruas transversais dessas novas áreas devem ser preservadas com a arquitetura e característica de cada localidade.
– Nós preparar e enviar esta mensagem à Câmara de Vereadores, eles irão apreciar, e nós esperamos que a proposta seja aprovada, porque ela representa mudanças importantes para o crescimento ordenado do município – analisou.

Casas geminadas

A construção de casas geminadas, especialidade de alguns empresários da construção civil da cidade, também foi discutida. Empresários e representantes do poder Executivo estão preocupados com a nova tendência de construção, que alguns chamam pejorativamente de “casa de Pombo”.
– O problema é que onde seria construída uma residência, em algumas ocasiões, são erguidas sete moradias, o que representa uma série de impactos para o município – comentou o prefeito José Luiz.

O empresário Gibran Mansur comentou que “de acordo com o espaço da propriedade, é possível que sejam construídas até três residências, logo que elas sejam feitas dentro de padrões pré-estabelecidos”. O empresário Aécio Moura afirmou que alguma providência deve ser tomada, “mas impedir as construções multifamiliares pode gerar desgaste político. Talvez, se fossem autorizadas apenas construções bi-familiares ou tri-familiares o impacto seria menor. Não podemos esquecer também, que quando a oferta de moradia é baixa, o preço é alto, mas quando essa oferta é alta, o valor é mais baixo”, disse Aécio.

Ainda segundo o empresário, o tema deve ser debatido com muita tranquilidade, porque “recentemente, alguns empresários fizeram uma aquisição de cerca de R$ 2 milhões, no bairro Bela Vista, e eles poderiam ser prejudicados com as mudanças do Código de Construção Civil. Nós também não podemos esquecer que as mudanças acontecerão em pontos específicos do município”.

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