quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O templo de Salomão

Por Flávio Azevedo


O último programa “Domingo Espetacular”, da TV Record, (12 de setembro), apresentou uma reportagem interessante. De acordo com o jornalista Arnaldo Duran, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) está realizando, há quatro anos, um projeto arquitetônico audacioso: a construção de uma réplica do Templo de Salomão, no Brás, em São Paulo. Com medidas descomunais, o projeto, orçado em R$ 300 milhões, terá 56m de altura – o que equivale a um prédio de 10 andares –, 2 subsolos, capacidade para 10 mil pessoas sentadas e ocupará uma área de 23,194m². A construção terá 126m de comprimento por 104m de largura.

O arquiteto Rogério Silva de Araújo, responsável pela obra, afirmou que o empreendimento é arrojado e empregará tecnologia de ponta. “Quando as pessoas entrem no local, o nosso objetivo é que elas viajem pelo tempo e sintam-se como se estivessem no primeiro templo construído por Salomão”. Em outra reportagem, eu descobri que o complexo contará com escolas bíblicas, lojas, estúdios de rádios e televisão, um auditório para 500 pessoas e estacionamento para cerca de 1,5 mil veículos. O projeto prevê a utilização de materiais reciclados, uso racional de energia elétrica e água – esta será reutilizada.

Bem, logicamente, vai haver muita gente deitando falação sobre o projeto, principalmente sobre o Bispo Macedo, líder da IURD, que teve a ideia de fazer esse empreendimento. Mas enquanto a mídia – contra e a favor – vão noticiar a construção com o costumeiro sensacionalismo, eu gostaria pedir licença aos nossos leitores para falar sobre o Templo de Salomão, que de acordo o autor do livro de Hebreus, é uma cópia de um templo que existe no céu. Aliás, Jesus Cristo, segundo o livro, está oficiando neste templo celestial. “Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus. Hebreus 9.24 (imagem abaixo).

Ao falar sobre os símbolos, cerimônias e rituais que ocorriam no Templo de Salomão – que a Bíblia Também chama de Santuário ou Tabernáculo –, por várias razões que poderão ser abordadas em outro texto, muita gente que se diz religiosa desconversa. Contudo, para aqueles que acreditam em Deus (se você não acredita é uma pena, mas respeitamos), e reconhecem a morte de Cristo (foto abaixo) como um caminho de salvação para uma humanidade corrompida pelo pecado, saiba que os rituais que aconteciam no Templo de Salomão é de grande relevância.

Entendendo o Santuário, você entenderá os mistérios que envolvem o grande conflito entre o bem e o mal, o plano de redenção para um planeta dominado pelo idealizador deste mal e, principalmente, qual caminho você deve seguir em meio a tantas opções de escolha (religiões). O mais importante, porém, é a pretensão de Deus com o templo dos israelitas. No livro de Êxodo 25.8, a construção do templo significava a presença de Deus: “E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles”. Já em Levítico 26.11 e 12, o texto diz o seguinte: “Porei o Meu tabernáculo no meio de vós, e... Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o Meu povo”.

Dizemos isso, porque todas as celebrações que aconteciam no templo tinham Cristo como tema central (foto ao lado). Ele era o fundamento e a vida do santuário. Tudo era símbolo do sacrifício do Filho de Deus. A ovelha sacrificada significava ou tipificava o sacrifício futuro de Jesus. O trabalho dos sacerdotes, aqueles que oficiavam no templo, também foi estabelecido para representar o caráter mediador de Cristo, que é a ponte entre Deus e o Homem. Todo plano de culto e sacrifical representava a morte de Jesus (o Salvador) para resgatar o mundo.

Por conta disso, o apóstolo João, no seu evangelho escreveu: "E o verbo Se fez carne e habitou entre nós" (João 1.14). Já em Isaías 7.14 e Mateus 1.23, Cristo é chamado de Emanuel, que quer dizer Deus Conosco. Se você está em dúvida, confuso, sem entender o que foi escrito neste artigo, ore, reze, pesquise e, sobretudo, peça orientação a Papai do Céu. Faço essa afirmativa baseado em S. Mateus 7.7 e 8, que diz: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á”. Concluindo, S. João, no capítulo 1, verso 12, escreveu: “mas a todos que o receberam (Jesus), deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus...”.

PS: Caso exista alguma dúvida, sobre este ou qualquer outro assunto que nós abordamos neste texto, nos envie um e-mail.

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